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Obama ordena diálogo com Cuba para restabelecer diplomacia

Entre as medidas a serem tomadas, americanos preveem voltar a abrir "nos próximos meses" sua embaixada em Havana


	Barack Obama sobre Cuba: presidente acredita que as medidas de aproximação são uma ferramenta melhor que o isolamento
 (Jim Bourg/Reuters)

Barack Obama sobre Cuba: presidente acredita que as medidas de aproximação são uma ferramenta melhor que o isolamento (Jim Bourg/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 13h31.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou o início imediato de um diálogo com Cuba para restabelecer as relações diplomáticas entre ambos os países, rompidas desde 1961, segundo informaram nesta quarta-feira altos funcionários do governo sob anonimato.

Dentro desse processo, Estados Unidos preveem voltar a abrir "nos próximos meses" sua embaixada em Havana.

Obama dará uma declaração na Casa Branca a partir das 12h local (15h de Brasília) sobre as mudanças na política de Washington em relação a Cuba, que são as mais significativas "em mais de cinquenta anos", segundo destacaram os funcionários do governo.

Segundo as fontes, o presidente acredita que as medidas de aproximação são "uma ferramenta melhor que o isolamento" ao qual a ilha foi submetida nas últimas décadas.

As medidas de Obama incluiriam, entre outras coisas, a flexibilização das restrições para viagens e o comércio entre EUA e Cuba, assim como das remessas que os cubanos recebem procedentes de território americano.

Além disso, Obama pediu ao seu secretário de Estado, John Kerry, que revise a inclusão de Cuba na lista de países aos quais os Estados Unidos consideram patrocinadores do terrorismo.

A histórica aproximação foi possível graças ao acordo para que o governo de Cuba libertasse "por razões humanitárias" o prestador de serviços americano Alan Gross, preso em Havana há cinco anos. Gross já retornou aos Estados Unidos.

"Nesta manhã, Alan Gross saiu de Cuba em um avião do governo americano", disse um alto funcionário que pediu para não ser identificado.

A libertação de Gross aconteceu "por razões humanitárias" e "a pedido dos Estados Unidos", acrescentou o funcionário.

Além disso, o governo de Obama libertou três espiões cubanos do chamado grupo "Los Cinco", que cumpriam pena nos EUA, em troca de um oficial de inteligência americana que estava há quase 20 anos preso em Cuba e cuja identidade não foi revelada.

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