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Obama aumenta a meta de redução de gases poluentes

A meta de Obama é reduzir 32% das emissões de dióxido de carbono até 2030


	O presidente americano, Barack Obama: "A mudança climática não é um problema para outra geração"
 (Yuri Gripas/Reuters)

O presidente americano, Barack Obama: "A mudança climática não é um problema para outra geração" (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2015 às 08h59.

Washington - O presidente Barack Obama avançou neste domingo no seu objetivo de reduzir gases de efeito estufa de usinas americanas.

Ao elaborar controles de poluição sem precedentes, Obama deu início ao ponto principal de seu ambicioso e controverso plano para reduzir drasticamente as emissões norte-americanas, uma vez que trabalha para garantir um legado na luta contra o aquecimento global.

No entanto, caberá ao sucessor de Obama a implementação do seu plano, que tem enfrentado forte oposição republicana no Capitólio, na esteira da disputa de 2016. Os opositores planejaram pedir aos tribunais para bloquear a regra temporariamente.

O governo Obama estimou que os limites de emissão vão custar US$ 8,4 bilhões anualmente até 2030. O preço real não ficará claro até que estados decidam como vão atingir os seus objetivos. Mas os defensores da indústria de energia dizem que a revisão faz o mandato de Obama ainda mais caro e difícil de alcançar.

"Eles estão errados", disse a gerente da Agência de Proteção Ambiental, Gina McCarthy, categoricamente, acusando os adversários de decretar um cenário de "fim do mundo".

No ano passado, o governo Obama propôs os primeiros limites de emissão de gases de efeito de estufa da história das usinas de energia existentes nos Estados Unidos, dando início a uma discussão que durou um ano e gerou mais de 4 milhões de comentários públicos.

"A mudança climática não é um problema para outra geração", disse Obama em um vídeo postado no Facebook. "Não mais."

A versão final impõe limites mais rígidos de dióxido de carbono aos estados do que era anteriormente esperado: um corte de 32% até 2030, em comparação aos níveis de 2005, informou a Casa Branca. A versão proposta por Obama no ano passado era de um corte de 30%.

Imediatamente, o plano de Obama começou a ter repercussão na corrida presidencial de 2016, com Hillary Rodham Clinton expressando seu forte apoio e usando o projeto para criticar seus oponentes republicanos por não oferecer uma alternativa.

Mas o candidato presidencial republicano Marco Rubio, um senador da Flórida, previu que as contas de energia elétrica subiriam para milhões de americanos e chamou as políticas de Obama de "catastróficas".

O governo de Obama atribui metas personalizadas para cada estado e, em seguida, deixa o estado decidir como atingi-las. Estimulados pelo líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, alguns governadores republicanos disseram que simplesmente não vão cumprir.

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