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Obama: luta contra vazamento está quase no fim

BP já anunciou que a operação de selagem do poço danificado teve êxito

Obama: "(acompanhar a recuperação total do Golfo do México) é um compromisso que meu governo vai cumprir" (Saul Loeb/AFP)

Obama: "(acompanhar a recuperação total do Golfo do México) é um compromisso que meu governo vai cumprir" (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Washington - A luta contra o vazamento de petróleo que causou a maré negra no Golfo do México está quase concluída, afirmou nesta segunda-feira o presidente Barack Obama, depois de lacrado o poço submarino que provocou a pior catástrofe em termos de meio ambiente dos Estados Unidos.

"Ontem, recebemos a notícia que esperávamos: o processo empreendido para impedir que o petróleo continuasse vazando (...) parece ter tido êxito", declarou Obama durante uma cerimônia em homenagem à equipe dos Saints de Nova Orleans (Louisiana, sul), vencedores do Superbowl neste ano.

"A etapa final terá lugar mais adiante em agosto, quando os poços secundários estejam terminados, mas o que é evidente é que a batalha para impedir que mais petróleo flua no Golfo está quase concluída", acrescentou o presidente.

"Eu me comprometi com as pessoas do Golfo do México que acompanharia de perto, não apenas até o fechamento do poço, mas até a recuperação total dos danos causados. E este é um compromisso que meu governo vai cumprir", enfatizou.

No domingo, a BP anunciou que os testes permitem concluir que a operação de selagem do poço danificado da plataforma Deepwater Horizon teve êxito.

"Os testes de pressão que se seguiram às operações de selagem com cimento indicam que temos uma tampa de cimento operacional (...) que era o resultado que se esperava", disse o grupo em um comunicado publicado em seu site.

"Atualmente, não vaza petróleo no Golfo do México", completou a companhia.


Nesta segunda, a companhia anunciou já ter gastado 6,1 bilhões de dólares para combater as conseqüências do vazamento de petróleo.

O montante inclui os gastos para tentar conter o fluxo do vazamento, limpar o óleo derramado, perfurar um segundo poço e injetar cimento no primeiro, além das indenizações ao governo federal, aos estados americanos afetados pela catástrofe e a pessoas e empresas prejudicadas, segundo um comunicado da BP.

A companhia britânica indicou ainda ter recebido mais de 145.000 pedidos de indenização. Segundo a BP, 103.900 pagamentos foram feitos, totalizando 319 milhões de dólares.

A BP destacou que este é ainda um cálculo total provisório, já que o valor final é desconhecido.

Além disso, também anunciou nesta segunda-feira que fez a primeira contribuição, de três bilhões de dólares, a um fundo que busca compensar as vítimas do vazamento de petróleo no Golfo de México.

"O propósito deste depósito foi assegurar aos que se viram afetados pelo vazamento que temos intenções de assumir nossos compromissos com eles e com os contribuintes americanos", afirma em um comunicado o novo presidente da BP, Bob Dudley.

"Estabelecendo esta confiança e realizando o depósito inicial antes do previsto demonstramos nosso compromisso de atuar corretamente nas costas do Golfo", completou.

O derramamento de petróleo começou depois da explosão em 20 de abril da plataforma Deepwater Horizon, que deixou 11 mortos, e até o fim de julho vazou 780 milhões de litros de petróleo nas águas do Golfo do México, o que constitui a pior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos.

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