Barack Obama: presidente ainda destacou que milhares de terroristas foram mortos durante seu governo (Jonathan Ernst/Reuters)
EFE
Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 06h58.
Chicago (EUA) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou nesta terça-feira que nenhuma organização terrorista estrangeira executou com êxito um atentado no país durante seus oito anos na Casa Branca e afirmou que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) "será destruído".
"Apesar de Boston, Orlando e San Bernardino nos lembrarem o quanto perigoso que pode ser a radicalização, nossos agentes estão mais atentos e são mais efetivos do que nunca", afirmou Obama, durante seu último discurso como presidente, realizado diante de 20 mil pessoas em Chicago.
Obama, deste modo, contrastou seus oito anos na Casa Branca com o do antecessor George W. Bush, que sofreu os atentados de 11 de setembro de 2001 em Washington e Nova York, reivindicados pela Al Qaeda e executados principalmente por terroristas sauditas.
Apesar do atentado em Orlando atribuído ao Estado Islâmico, onde 49 pessoas foram assassinadas em uma boate em junho do ano passado por um único atacante, Obama o acusou, assim como o de San Bernardino, de americanos "radicalizados" que atuaram por conta própria.
Em seu discurso, o presidente também lembrou que foi no seu governo que "dezenas de milhares de terroristas" foram mortos no mundo todo, incluindo o líder da Al Qaeda e mentor dos atentados do 11 de setembro, Osama bin Laden.
Sobre o Estado Islâmico, Barack Obama lembrou que a coalizão liderada pelos Estados Unidos "matou seus líderes e lhes arrancou metade de seu território".
"O Estado Islâmico será destruído, e ninguém que ameace os EUA estará a salvo", afirmou o presidente, alertando que os jihadistas "tentarão matar gente inocente" no futuro.
Pelo perigo do EI e pela ameaça a hegemonia envolvendo Rússia e China, Obama pediu que os americanos fiquem "atentos, mas não assustados", já que eles não alcançarão seus objetivos, a não ser que Washington traia seus princípios.
"Rivais como a Rússia e China não podem superar nossa influência no mundo todo, a não ser que renunciemos o que defendemos, e nos transformemos em outro país grande que abusa de seus vizinhos menores", disse o presidente.