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Obama lança semana que vem ofensiva por reforma na imigração

O presidente dos EUA pretende tornar possível a legalização dos 11 milhões de estrangeiros que vivem ilegalmente no país


	A legalização de estrangeiros para a qual Obama abriria caminho poderia incluir multas e pagamento de impostos atrasados
 (REUTERS/Larry Downing)

A legalização de estrangeiros para a qual Obama abriria caminho poderia incluir multas e pagamento de impostos atrasados (REUTERS/Larry Downing)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2013 às 18h55.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, planeja lançar na semana que vem, durante visita ao Estado de Nevada, sua ofensiva para tentar obter neste ano aval do Congresso para uma reforma nas regras de imigração, disse a Casa Branca na sexta-feira.

Depois de se reunir com parlamentares hispânicos dos EUA, Obama pretende usar sua viagem de terça-feira a Las Vegas para "redobrar nossos esforços para tornar realidade uma reforma abrangente na imigração", segundo o porta-voz presidencial Jay Carney.

Ele disse que as propostas de Obama se baseiam num "esboço" que o presidente apresentou em um discurso em 2011 na fronteira do Texas com o México, mas que nunca foi transformado em lei.

A reforma na imigração, assunto que ficou em segundo plano no primeiro mandato de Obama, é parte de uma ambiciosa pauta de propostas liberais prometidas pelo presidente em seu discurso de posse, na segunda-feira.

As chances de um acordo bipartidário para reformar o sistema de imigração parecem mais positivas, apesar das fortes emoções políticas despertadas pelo tema.

"Estamos encorajados pelos esforços em andamento no Congresso para avançar nessa questão, para tratar disso de forma bipartidária", disse Carney a jornalistas. "É certamente uma das principais prioridades legislativas para o presidente." Carney disse que Obama, na sua aparição em Las Vegas, vai insistir nas propostas amplas que ele apresentou em 2011, e que estão incorporadas há muito tempo ao site oficial da Casa Branca.


"O compromisso do presidente com a reforma na imigração já está claro há algum tempo", disse Carney.

Obama, que teve ampla votação entre os hispânicos nas suas duas eleições para presidente, propôs em 2011 criar um caminho que leve à legalização dos estimados 11 milhões de estrangeiros que vivem clandestinamente nos EUA.

Alguns republicanos argumentam que isso equivaleria a uma anistia para quem viola a lei, mas funcionários do governo negam isso, alegando que a medida incluiria multas, o pagamento de impostos atrasados e outros obstáculos rumo à obtenção da cidadania.

As propostas anteriores de Obama também incluíam uma rígida fiscalização nas fronteiras, penalidades duras para empresas que contratam empregados clandestinos e a criação de um programa de trabalhadores temporários para atender às necessidades de mão de obra para o setor agrícola.

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