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Obama homenageia vítimas nos 3 cenários dos atentados do 11/9

Em Nova York, o presidente leu o Salmo 46 da Bíblia, escolhido, segundo a Casa Branca, por ser especialmente apropriado para o momento

Obama durante a cerimônia em Nova York (Getty Images)

Obama durante a cerimônia em Nova York (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2011 às 16h44.

Washington - Discreto e com um silêncio público que só rompeu para pronunciar um salmo bíblico no Marco Zero, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, percorreu neste domingo cada um dos cenários do 11/9 para prestar homenagem às vítimas dos atentados.

Ao completar 10 anos do pior ataque terrorista sofrido pelos EUA, Obama quis deixar todo o protagonismo aos parentes das cerca de 3 mil vítimas da tragédia.

Em Nova York, acompanhado de sua esposa, Michelle, e de seu antecessor no cargo, George W Bush, e a ex-primeira-dama Laura Bush, Obama guardou um solene minuto de silêncio, junto a todos os presentes, no parque construído no Marco Zero e que foi inaugurado oficialmente neste domingo.

Era a primeira vez que coincidiam os dois presidentes após uma aparição conjunta no jardim da Casa Branca em janeiro de 2010, após o terremoto do Haiti.

Vestido de preto, da mesma forma que a primeira-dama, o presidente leu solenemente o Salmo 46 da Bíblia, escolhido, segundo a Casa Branca, por ser especialmente apropriado para o momento. "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares", disse Obama.

O presidente já tinha utilizado essa citação na cerimônia de outra tragédia este ano, o tiroteio em Tucson que feriu a congressista Gabrielle Giffords e que matou outras seis pessoas, entre elas a menina Christine Taylor Green, nascida precisamente em 11 de setembro de 2001.

Com o semblante sério, o líder americano continuou recitando o salmo: "Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio".

A continuação, o presidente percorreu as fontes onde foram gravadas em bronze as identidades de que morreram ali, tocando em algumas ocasiões em alguns dos nomes.


Segundo declarou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, Obama estava muito "impressionado" pela cerimônia em Nova York e ficou comovido com a leitura dos nomes das vítimas por parte de seus parentes, especialmente no caso das crianças.

Do total, 48% dos cerca de 3 mil mortos nos atentados deixou filhos menores de 18 anos, segundo informaram os jornais americanos.

A parada seguinte foi Shanksville, na Pensilvânia, onde prestou homenagem com uma coroa de flores às 40 vítimas do voo 93, o quarto avião sequestrado pelos terroristas da Al Qaeda.

Obama e sua esposa, Michelle, ambos vestidos de preto, percorreram brevemente o monumento, ainda a ser concluído, construído no terreno onde o avião caiu, antes de deixar frente a ele uma coroa de rosas brancas. O casal aguardou em silêncio durante alguns segundos, antes de deixar o local entre os aplausos do público e gritos de "EUA, EUA".

Nem o presidente nem sua esposa fizeram nenhuma declaração pública no breve ato, após o qual procederam a conversar com alguns dos familiares presentes na cerimônia.

O voo UA93 foi o único dos quatro sequestrados que não chegou ao destino planejado pelos terroristas, supostamente o Capitólio em Washington.

Os passageiros, que conheciam o que tinha ocorrido poucos minutos antes em Nova York, optaram por atacar a cabine do piloto onde estavam os terroristas e sacrificar-se para evitar um desastre maior.

Na terceira parada, no Pentágono, também não houve discurso por parte do presidente e da primeira-dama. Ali, exatamente às 10h37 (horário de Brasília) a delegação prestou uma homenagem com um minuto de silêncio com a presença do vice-presidente, Joe Biden, e o secretário de Defesa, Leon Panetta, onde 184 morreram no edifício.

O discurso público de Obama está previsto para esta noite, às 21h (horário de Brasília), na apresentação do Centro Cultural Kennedy de Washington o "Concerto para a Esperança".

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