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Obama: EUA terão medidas contra Rússia por interferir em eleição

"Quando qualquer governo estrangeiro tenta impactar a integridade de nossas eleições, nós temos que tomar medidas", afirmou

Barack Obama: o presidente dos EUA também afirmou que confrontou o presidente russo, Vladimir Putin (Yuri Gripas/Reuters)

Barack Obama: o presidente dos EUA também afirmou que confrontou o presidente russo, Vladimir Putin (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 08h31.

Última atualização em 16 de dezembro de 2016 às 08h36.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu nesta quinta-feira que seu governo "tomará medidas" contra a Rússia por causa dos ataques cibernéticos ocorridos durante as eleições para a presidência com o objetivo de interferir em seus resultados.

"Acredito que não há dúvida de que quando qualquer governo estrangeiro tenta impactar a integridade de nossas eleições nós temos que tomar medidas e vamos fazer no momento e no local que decidirmos", afirmou Obama durante uma entrevista à emissora pública "NPR".

O presidente também comentou que "algumas (dessas medidas) pode ser que sejam explícitas e públicas, enquanto outras pode ser que não".

Na entrevista, Obama também explicou que durante um encontro recente confrontou o presidente russo, Vladimir Putin, pelos ataques: "Putin tem consciência do que sinto sobre isto, porque lhe falei diretamente a respeito".

Sobre o efeito que tiveram os ataques no resultado eleitoral, Obama disse que "não há dúvida que contribuíram para uma atmosfera na qual o único foco durante semanas e meses foram os e-mails de Hillary (Clinton), a Fundação Clinton, rumores políticos entorno do Comitê Nacional Democrata".

A Casa Branca sugeriu justamente nesta quinta-feira que Putin sabia e esteve envolvido na estratégia de ataques cibernéticos para tentar interferir nas eleições presidenciais vencidas por Donald Trump.

"Quando falamos de uma intrusão cibernética significativa como esta, estamos falando dos níveis mais altos do governo", comentou o assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes.

"Em última instância, Vladimir Putin é o funcionário responsável pelas ações do governo russo", disse em entrevista à emissora "MSNBC".

A inteligência americana também concluiu que Putin esteve diretamente envolvido nos ataques contra o processo eleitoral, segundo informações das redes de televisão "NBC", "CBS" e "ABC", com base em declarações de funcionários sob anonimato.

Através de sua conta no Twitter, Trump voltou a questionar nesta quinta as conclusões da comunidade de inteligência e do governo do presidente Obama sobre o ataque cibernético russo.

"Se a Rússia, ou alguma outra entidade, estava pirateando. Por Que a Casa Branca perdeu tanto tempo para agir? Por que só se queixam depois que Hillary (Clinton) perdeu?", escreveu Trump.

A Rússia negou em várias ocasiões seu envolvimento nesses ciberataques e Trump se manteve do lado de Moscou, ao tachar de "ridícula" a conclusão da CIA de que o Kremlin o ajudou a ganhar as eleições com esses ataques.

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