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Obama: economia americana se fortalece

Para presidente americano, economia do país está em recuperação apesar da apresentação de dados negativos

AFPO presidente americano, Barack Obama insistiu nesta terça-feira em que a economia americana está se fortalecendo (AFP/Saul Loeb)

AFPO presidente americano, Barack Obama insistiu nesta terça-feira em que a economia americana está se fortalecendo (AFP/Saul Loeb)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, tendo a seu lado o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, insistiu nesta terça-feira em que a economia americana está se fortalecendo, apesar dos indicadores negativos e da nova queda dos mercados de ações.

Obama admitiu a existência de "muitas preocupações" sobre a recuperação, e de um aumento da ansiedade em torno de indicadores que devem apontar para uma desaceleração da retomada da economia, e uma queda das expectativas por conta dos últimos dados relativos ao desemprego que devem ser divulgados na sexta-feira.

"A economia está se fortalecendo, nós estamos em recuperação", afirmou Obama, depois de novos indicadores mostrarem que a confiança dos consumidores, um dado econômico chave, caiu em junho, provocando quedas nos mercados mundiais.

O Dow Jones Industrial Average caiu mais de 2% - ficando abaixo do piso psicológico de 10.000 pontos. Os índices em Londres, Paris, Frankfurt, Madri e Milão também registraram perdas de 3% a 4%.

Obama atribuiu as turbulências a "ventos contrários e ao nervosismo", parcialmente por conta de preocupações sobre a crise da dívida europeia, que, segundo ele, ofuscou "tendências positivas" em outros setores.

O presidente disse dividir com Bernanke a visão de que a economia está em recuperação, liderada pelos setores de manufatura e tecnologia, depois de obter uma prévia das tendências econômicas registradas pelo presidente do Fed.

"Nós passamos de uma perda de 750.000 vagas por mês para cinco meses de aumento de vagas - houve crescimento do emprego no setor privado, o que obviamente é muito importante para a confiança do consumidor e para a economia em geral."


Obama quis deixar a impressão de que continuará sendo vigilante e impulsionando medidas para melhorar a economia, incluindo permitir um aumento do crédito para as pequenas empresas.

"Nós acreditamos que as tendências gerais serão positivas, mas temos que prestar atenção no mercado de trabalho", completou Obama.

Ele também pediu ao Congresso que aprove sua reforma financeira que, segundo o presidente americano, dará mais confiança aos mercados.

A morte na segunda-feira do veterano senador Robert Byrd complicou a aprovação da reforma, privando os democratas de mais um voto em um Congresso dividido.

Em uma onda de indicadores negativos, o Departamento do Comércio americano revisou no mês passado mais uma vez sua previsão de crescimento para o trimestre, para 2,7%. Além disso, foram criadas menos vagas que o esperado em maio.

Os democratas esperavam aceleração econômica e aumento da criação de empregos este ano, já que as eleições de metade de mandato ocorrem em novembro, na qual temem fortes perdas para o Partido Republicano.

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