Mundo

Obama e Romney se enfrentam por fontes de energia

Romney acusou Obama de ter "declarado guerra ao carvão", enquanto o presidente impiedosamente zombou de seu rival por ignorar os benefícios da energia eólica

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 17h57.

Oskaloosa - Uma dura disputa envolvendo o passado e o futuro da produção de energia nos Estados Unidos teve início nesta terça-feira entre o presidente Barack Obama e seu rival republicano nas eleições presidenciais, Mitt Romney, em plena campanha eleitoral nos estados-chave.

Romney acusou Obama de ter "declarado guerra ao carvão", enquanto o presidente impiedosamente zombou de seu rival por ignorar os benefícios da energia eólica, no momento em que os dois tentam explorar qualquer fraqueza de seu oponente em uma corrida bastante equilibrada à Casa Branca.

Obama diz ter acrescentado uma questão emergente que Romney, um rico empresário, simplesmente não entende.

"Se soubesse o que vocês têm feito, saberia que cerca de 20% da eletricidade consumida em Iowa vêm do vento, que abastece residências, indústrias e empresas de maneira limpa e renovável", disse Obama a uma multidão neste estado do centro dos Estados Unidos.

O ônibus preto de Obama percorrerá por três dias as pradarias de Iowa, um estado fortemente disputado pelos dois candidatos com vistas às presidenciais de novembro e onde os moinhos de vento estão se tornando cada vez mais comuns na paisagem.

"O governador Romney explicou a sua política energética da seguinte forma: 'você não pode dirigir um carro com moinhos de vento' ", declarou Obama. "Isto é o que ele disse sobre energia eólica", continuou.

Obama afirmou que a energia eólica é responsável por 7.000 postos de trabalho em Iowa e 75.000 em todo o país e defendeu sua política de energia, justificando que é uma fonte de energia limpa e verde e que criará empregos no século XXI.


Já a equipe de campanha de Romney informou que deixaria expirar as linhas de crédito para energia eólica, acreditando que o Estado não deve apoiar um setor econômico em detrimento de outro.

Como exemplo do que acontece quando o governo intervém no mercado de energia, os republicanos destacam o destino da empresa de energia solar Solyndra, que faliu depois de receber 500 milhões de dólares de empréstimo do governo.

Romney fez sua própria abordagem no campo da energia em um outro estado-chave, Ohio, onde criticou o presidente pelas novas regulamentações ambientais que, em sua opinião, forçaram o fechamento de dezenas de usinas de energia.

Sua tática foi semelhante à de Obama, alimentando um debate crucial nesta cidade para tentar convencer os eleitores indecisos. Romney precisa ganhar em Ohio se quiser se tornar presidente.

"Vejo como ele declarou guerra ao carvão", declarou Romney a seus partidários na mina Century, na cidade de Beallsville, no coração da região carbonífera do leste de Ohio, enquanto filas de mineiros cansados e cobertos de fuligem permaneciam ao seu lado.

A administração Obama diz que o carvão limpo é parte da estratégia energética do presidente, baseada na promoção de "todas as opções", e que já financiou a pesquisa e desenvolvimento para baixas emissões de carbono.

Mas Romney, como sempre faz em sua campanha, zombou do plano energético dos democratas, alegando que Obama "é a favor de todas as fontes de energia provenientes da superfície, mas de nenhuma fonte subterrânea, como petróleo, carvão e gás".

Romney afirmou que o país deve "aproveitar nossos recursos energéticos - nosso carvão, nosso gás, nosso petróleo, nossos (recursos) renováveis, nossa energia nuclear".

"Temos 250 anos de carvão. Por que diabos não devemos continuar usando-o?",questionou.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEleições americanasEnergiaEnergia eólicaInfraestruturaMitt RomneyPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo