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Obama e Hollande pedem que Rússia aceite mediação na Ucrânia

Os presidentes da França e dos Estados Unidos consideram, se não houver avanços, adotar medidas que "afetariam" a relação com Moscou


	Obama e Hollande: os dois presidentes reiteraram a "ausência total de base legal do projeto de referendo" previsto para o próximo dia 16 na Crimeia
 (Jonathan Ernst/Reuters)

Obama e Hollande: os dois presidentes reiteraram a "ausência total de base legal do projeto de referendo" previsto para o próximo dia 16 na Crimeia (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2014 às 16h40.

Paris, 8 mar - Os presidentes da França, François Hollande, e dos Estados Unidos, Barack Obama, pediram neste sábado que a Rússia aceita uma mediação que tire a Ucrânia da crise na qual se encontra, com a perspectiva, se não houver avanços, de adotar medidas que "afetariam" a relação com Moscou.

Os dois líderes dialogaram hoje por telefone sobre a situação na Ucrânia, afirmou o Palácio do Eliseu em comunicado.

"Nas graves circunstâncias atuais, (Obama e Hollande) sublinharam a importância para a Rússia de aceitar rapidamente a formação de um grupo de contato permanente para estabelecer o diálogo entre Ucrânia e Rússia", destaca a nota da presidência francesa.O objetivo desse grupo seria favorecer uma saída pacífica da crise e "restaurar plenamente a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".

Os dois presidentes reiteraram a "ausência total de base legal do projeto de referendo" previsto para o próximo dia 16 na Crimeia, ao mesmo tempo em que pediram a Moscou que retire suas tropas desse território e que permita o envio de observadores internacionais.

Se estas medidas não forem aceitas, Hollande e Obama ameaçaram com "novas medidas que afetarão sensivelmente as relações entre a comunidade internacional e a Rússia".

Além disso, reforçaram seu apoio às novas autoridades da Ucrânia e à preparação, sob controle internacional e com a maior transparência, das eleições presidenciais do próximo dia 25 de maio. 

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