Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pediram ao governo russo que diminua "imediatamente" a tensão na Ucrânia em virtude do acordo alcançado nesta quinta-feira em Genebra e sob a ameaça de "custos" para a Rússia se não atuar com diligência neste sentido.
Obama e Cameron conversaram hoje por telefone depois que os chefes da diplomacia de EUA, Rússia, a União Europeia (UE) e Ucrânia selaram um acordo para tentar resolver a crise no país em reunião em Genebra, informou hoje a Casa Branca em comunicado.
Os chefes das Relações Exteriores concordaram em dissolver as milícias irregulares pró-Rússia que se voltaram contra o governo ucraniano em troca de promessas de anistia e mais autonomia para as regiões russo falantes do leste da Ucrânia.
Após essa reunião, Obama e Cameron pediram que a Rússia empreenda "ações concretas e imediatas" para diminuir a tensão no leste da Ucrânia, o que ajudaria, precisaram, a convencer as milícias para que abandonem as armas e desocupem os edifícios governamentais que tomaram.
"Ambos os líderes mostraram seu acordo de que os Estados Unidos e a União Europeia estão preparados para tomar novas medidas que imponham custos à Rússia se não diminuir a tensão -na Ucrânia- de maneira imediata", indicou a Casa Branca.
Obama, que também conversou hoje com a chanceler alemã, Angela Merkel, alertou em entrevista coletiva seu colega russo, Vladimir Putin, de que espera ver que Moscou cumpre sua parte do acordo para diminuir a tensão na Ucrânia, já que em caso contrário ampliarão as sanções contra a Rússia.
Desde o começo da crise, que piorou com a anexação da península ucraniana da Crimeia à Federação Russa, os EUA reiteraram que os movimentos de milícias rebeldes em várias regiões do leste do país foram orquestrados pelo Kremlin.
Por sua parte, e também no marco da crise ucraniana, o vice-presidente Joe Biden conversou por telefone com o presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, e com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.
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1. Tensão
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1/18 (Twitter/Christopher Miller)
São Paulo - Cerca 300 homens e 20 blindados partiram
hoje em direção ao leste da
Ucrânia. O objetivo da operação é combater milícias pró-russas, que atuam na região. A ação militar é mais um movimento delicado em meio à
crise política por que passa o país. Em pronunciamento, o primeiro-ministro da
Rússia Dmitri Medvedev pediu apoio à
comunidade internacional e afirmou que a Ucrânia está "à beira da
guerra civil".
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2. Pronto para o pior
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2/18 (Greg White/Twitter)
Soldado protege trincheira no leste da Ucrânia. Em meio à crise poítica, país pode estar à beira de uma guerra civil.
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3. Tropas ao leste
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3/18 (@A3AP/Twitter)
Comboios ucranianos vão em direção ao leste do país. Ao todo, 300 homens e 20 blindados foram deslocados para a região.
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4. Tanques em Izium
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4/18 (Ucranian Updates/Twitter)
Tanques e tropas ucranianas em Izium, no leste do país. Localizada na provícina de Kharkiv Oblast, cidade fica a 40 quilômetros de Slaviansk, reduto das milícias pró-russas
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5. Vigilância
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5/18 (@A3AP/Twitter)
Soldados ucranianos vigiam estrada ao lado de tanque. Operação no leste do país foi iniciada hoje.
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6. Embarque de suprimentos
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6/18 (Chris Dzieciolowski/Twitter)
Soldado ucraniano organiza embarque de suprimentos em helicóptero em Izium. Cidade fica no leste da Ucrânia, região do país com milícias a favor da união com a Rússia.
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7. Kramatorsk
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7/18 (Olaf Koens/Twitter)
Kramatorsk é uma cidade do leste da Ucrânia. Por lá, os tanques também já chegaram para tentar conter às milícias pró-russas.
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8. A 50 km de Slaviansk
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8/18 (Simon Ostrovsk/Twitter)
Tropas ucranianas abastecem helicópteros a 50 km de Slaviansk. Cidade do leste do país é reduto das milícias pró-russas.
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9. Mais tanques
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9/18 (Olaf Koens/Twitter)
Tanques ucranianos em Kramatorsk. No leste do país, cidade é uma das bases de apoio do exército local na operação de hoje.
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10. Perto do rio Donetsk
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10/18 (cstreib/Twitter)
Coluna de tanques circula nas proximidades do rio Donetsk. Região fica no leste da Ucrânia, para onde foram enviados hoje 300 soldados.
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11. A 40 km de Slaviansk
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11/18 (Greg White/Twitter)
Helicópetros e tanques a 40 km de Slaviansk. Situada no leste da Ucrânia, cidade é reduto das milícias pró-russas.
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12. Tropas rebeldes
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12/18 (cstreib/Twitter)
Tropas rebeldes ao norte de Donetsk. Cidade industrial fica no leste da Ucrânia.
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13. Preparado para a guerra
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13/18 (Monika Kalinowska/Twitter)
Rebelde armado em Slaviansk. Reduto das milícias pró-russas, cidade fica no leste da Ucrânia.Rebelde armado em Slaviansk. Reduto das milícias pró-russas, cidade fica no leste da Ucrânia.
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14. Helicópteros sobre Slaviansk
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14/18 (Aureliano Buendia/Twitter)
Slaviansk é sobrevoada por helicóptero no leste da Ucrânia. Na imagem, é possível ver também um tanque.
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15. Kiev x Moscou
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15/18 (Lindsey Hilsum/Twitter)
Na fronteira com a Rússia, ucranianos do leste se negam a se submeter a regras enviadas por Kiev. Região é foco de milícias pró-russas.
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16. Russos em ação?
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16/18 (Anis/Twitter)
Soldados atuam em Slaviansk, foco das milícias rebeldes na Ucrânia. No
Twitter, eles são identificados como membros da Força Especial Russa - mas não há como confirmar esta informação.
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17. Rebeldes
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17/18 (cstreib/Twitter)
Em caminhão, rebeldes ucranianos partem armados rumo à batalha. Na opinião de muitos, país está à beira de uma guerra civil.
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18. Agora, veja como as regras da Rússia vão afetar quem vive na Crimeia
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18/18 (REUTERS/Thomas Peter)