Mundo

Obama diz que tensão entre EUA e Rússia não é Guerra Fria

O presidente americano disse que a tensão entre os EUA e a Rússia pela situação na Ucrânia não representa um retorno à Guerra Fria


	Barack Obama discursa para soldados: "isto não é a Guerra Fria"
 (Jonathan Ernst/Reuters)

Barack Obama discursa para soldados: "isto não é a Guerra Fria" (Jonathan Ernst/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 14h14.

West Point - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira que a tensão entre os EUA e a Rússia pela situação na Ucrânia não representa um retorno à Guerra Fria, pois ao invés de se tratar de um enfrentamento de dois blocos, hoje a Rússia está "isolada".

"As ações recentes da Rússia na Ucrânia lembram os dias quando os tanques soviéticos entraram no leste da Europa. Mas isto não é a Guerra Fria", disse Obama em discurso sobre política externa na Academia Militar de West Point, em Nova York.

"Nossa capacidade de dar forma à opinião mundial ajudou a isolar a Rússia imediatamente. Devido à liderança americana, o mundo condenou imediatamente as ações da Rússia", opinou.

Em março, a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia após a realização de um referendo, no qual a maioria da população local, em sua maioria de origem russa, votou a favor da independência.

A consulta foi rejeitada pelos EUA e a União Europeia (UE).

O líder americano citou a imposição coordenada de sanções ao lado da UE e do G-7, a cooperação da Otan e a ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Ucrânia, além do apoio dos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

"Esta mobilização da opinião mundial e das instituições serviu como um contrapeso à propaganda russa, a presença das tropas russas na fronteira (com a Ucrânia) e as milícias armadas", argumentou.

Obama ressaltou que neste fim de semana foram realizadas eleições presidenciais na Ucrânia com "milhões de votos", e reconheceu que ainda não é possível saber "como se desenvolverá a situação". Para o presidente, ainda "haverá graves desafios" pela frente.

"Ficar ao lado de nossos aliados e em nome da ordem internacional deu uma oportunidade ao povo ucraniano para escolher seu futuro", afirmou Obama.

O presidente descreveu a situação na Ucrânia como um dos "novos perigos" que o mundo enfrenta, entre os quais citou "a agressão da Rússia contra antigos Estados soviéticos" e "a preocupação dos vizinhos da China com o poder econômico e o alcance militar" do país asiático. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBarack ObamaEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosPersonalidadesPolíticosRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Brics condena ataques ao Irã, mas defende criação de zona livre de armas nucleares no Oriente Médio

Bezos muda local da festa de casamento em Veneza por temor de protestos

Reino Unido comprará 12 caças F-35A com capacidade nuclear; medida é vista para agradar Trump

Após ataques, Irã só terá força para lutar guerras 'de série B', diz especialista