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Obama diz que Rússia violou lei internacional na Ucrânia

"Agora é hora de eles ponderarem se podem servir aos próprios interesses recorrendo à diplomacia, ao invés da força", declarou Obama sobre a Rússia


	Presidente norte-americano Barack Obama fala no telefone no Salão Oval com o presidente russo Vladimir Putin sobre a situação na Ucrânia
 (Official White House Photo/Pete Souza/Divulgação)

Presidente norte-americano Barack Obama fala no telefone no Salão Oval com o presidente russo Vladimir Putin sobre a situação na Ucrânia (Official White House Photo/Pete Souza/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2014 às 10h29.

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na segunda-feira que a Rússia violou a lei internacional com sua intervenção militar na Ucrânia e alertou que o governo norte-americano estudará uma série de sanções econômicas e diplomáticas para isolar Moscou.

O presidente russo, Vladimir Putin, precisa permitir que monitores internacionais possam intermediar um acordo na Ucrânia que seja aceitável para todo o povo ucraniano, disse Obama aos repórteres antes de se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Os EUA estão pesando sua reação à incursão russa, por hora pacífica, na Crimeia. Apesar da revolta internacional, Putin mostrou poucos sinais de voltar atrás, e a Rússia mobilizou veículos blindados perto da Crimeia e conduziu manobras militares no que parece ser uma demonstração de força.

"Ao longo do tempo, esta será uma proposta custosa à Rússia. E agora é hora de eles ponderarem se podem servir aos próprios interesses recorrendo à diplomacia, ao invés da força", declarou Obama.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, irá propor maneiras para que uma negociação entre Rússia e Ucrânia seja supervisionada por uma organização multilateral nesta terça-feira, em Kiev, afirmou Obama. Kerry também irá oferecer um pacote de ajuda econômica à Ucrânia, acrescentou o presidente.

Nesse meio tempo, os Estados Unidos se preparam para impor sanções à Rússia por conta de sua intervenção, embora nenhuma decisão tenha sido tomada ainda, informou o Departamento de Estado, cuja porta voz, Jen Psaki, disse que os EUA têm uma vasta gama de opções.

Obama se reuniu com sua equipe de segurança durante mais de duas horas para discutir meios de "isolar ainda mais" a Rússia, disse uma autoridade da Casa Branca. O grupo debateu maneiras de "reforçar que os russos ainda têm uma oportunidade de tomar medidas imediatas para desacelerar a situação, ou enfrentarão novas repercussões políticas e econômicas da comunidade internacional", revelou a autoridade sobre a reunião.

Entretanto, o governo Obama congelou as conversas sobre comércio e investimentos com a Rússia.

"Suspendemos compromissos bilaterais iminentes sobre comércio e investimentos com o governo russo que levariam a laços comerciais mais profundos", disse um porta-voz do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos.

Essa decisão irá afetar uma reunião planejada em Washington com autoridades russas, dos EUA, da UE e do Cazaquistão sobre o acesso deste último à Organização Mundial do Comércio (OMC). Agora Rússia e UE não participarão.

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