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Obama diz que Irã tem uma chance de se acertar com o mundo

Irã pode se tornar uma “potência regional de muito êxito” se concordar com um acordo de longo prazo para limitar o programa nuclear do país


	Obama: “Porque se eles fizerem isso, há incríveis talentos, recursos e sofisticação no Irã, e eles seriam um poder regional de muito sucesso"
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Obama: “Porque se eles fizerem isso, há incríveis talentos, recursos e sofisticação no Irã, e eles seriam um poder regional de muito sucesso" (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 11h03.

Washington - O Irã pode se tornar uma “potência regional de muito êxito” se concordar com um acordo de longo prazo para limitar o programa nuclear do país, disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em entrevista à rádio pública nacional dos EUA.

“Eles têm uma chance de se acertar com o mundo”, afirmou Obama em entrevista gravada na Casa Branca em 18 de dezembro e programada para ser transmitida nesta semana.

Há mais de um ano, o Irã concordou com uma plano temporário para paralisar o seu enriquecimento de alto nível de urânio, em troca de um alívio limitado nas sanções financeiras, ficando pendentes as negociações para um pacto de longo prazo. Essas negociações foram agora estendidas até junho.

O Irã diz que o seu programa nuclear é para fins pacíficos de geração de energia, mas os EUA e outras cinco potências querem assegurar que Teerã não possa desenvolver rapidamente armas atômicas.

Obama disse à NPR que o Irã deveria aproveitar a chance de um acordo que poderia suspender as sanções.

“Porque se eles fizerem isso, há incríveis talentos, recursos e sofisticação no Irã, e eles seriam um poder regional de muito sucesso, que também estariam seguindo as normas e regras internacionais. E isso seria bom para todos”, afirmou.

Obama insistiu que um acordo nuclear era possível, embora o seu vice, Joe Biden, tenha comentado no início do mês sobre as dificuldades para o pacto.

Obama disse reconhecer que o Irã tem “preocupações legítimas com defesa” depois de ter “sofrido com uma terrível guerra contra o Iraque” nos anos 1980. No entanto, ele criticou Teerã por seu “apoio a organizações como o Hezbollah” e “ameaças que eles têm dirigido a Israel”.

Perguntado se usaria os seus dois últimos anos no cargo para ajudar a reconstruir países afetados por guerras, Obama disse que cabe a países como Líbia, Síria e Iraque tomarem a iniciativa.

“Podemos ajudar, mas não podemos fazer por eles”, disse o presidente. “Acho que o povo norte-americano reconhece isso. Há momentos aqui em Washington em que os analistas, não. Eles acham que você apenas move peças de xadrez.” "E quando nós temos esse tipo de arrogância, a tendência é nos queimarmos”, afirmou.

Obama rejeitou a ideia de “colocar mais trilhões de dólares” para mandar tropas para lutar contra o Estado Islâmico no Iraque.

"Precisamos gastar um trilhão de dólares reconstruindo as nossas escolas, rodovias, ciência básica e pesquisa aqui nos EUA”, disse.

Obama disse esperar ser capaz de trabalhar com o Congresso em metas econômicas, mas afirmou que a sua expectativa é que os republicanos aprovem projetos aos quais ele se opõe, como nas áreas de saúde e meio ambiente.

“Não tenho usado a caneta do veto frequentemente”, disse Obama. “Agora, suspeito que haverá algumas vezes em que terei que puxar essa caneta.”

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