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Obama diz que EUA vão destruir o Estado Islâmico

Segundo o presidente, país vai buscar justiça pelo assassinato do jornalista norte-americano Steven Sotloff

Presidente dos EUA, Barack Obama, durante entrevista coletiva no Banco da Estônia, em Tallinn (Larry Downing/Reuters)

Presidente dos EUA, Barack Obama, durante entrevista coletiva no Banco da Estônia, em Tallinn (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 16h26.

Tallinn - Os Estados Unidos planejam combater o Estado Islâmico até o grupo não ser mais uma força no Oriente Médio, e vão buscar justiça pelo assassinato do jornalista norte-americano Steven Sotloff, afirmou o presidente dos EUA, Barack Obama, nesta quarta-feira.

Obama acrescentou que destruir o grupo militante levará tempo por causa do vácuo de poder na Síria, do grande número de combatentes da Al Qaeda que ganharam experiência durante a guerra no Iraque e da necessidade de formar coalizões, inclusive as comunidades sunitas locais.

O Estado Islâmico divulgou um vídeo na terça-feira mostrando a decapitação de Sotloff, o segundo refém norte-americano morto nas últimas semanas, em retaliação aos ataques aéreos dos EUA no Iraque.

“A questão é esta: nosso objetivo é claro, degradar e destruir (o Estado Islâmico) para que não seja mais uma ameaça não só ao Iraque, mas à região e aos Estados Unidos”, afirmou Obama em uma entrevista coletiva.

“Seja lá o que for que estes assassinos pensam que irão conquistar matando norte-americanos inocentes como Steven, já fracassaram”, disse Obama.

“Fracassaram porque, como muitos ao redor do mundo, os norte-americanos estão enojados com sua barbárie. Não seremos intimidados".

Autoridades dos EUA e da Grã-Bretanha examinaram o vídeo, que exibe o mesmo carrasco com sotaque britânico da filmagem de 19 de agosto do assassinato do também jornalista norte-americano James Foley, e concluíram ser autêntico.

Os Estados Unidos retomaram os ataques aéreos no Iraque em agosto pela primeira vez desde a retirada de suas tropas do país em 2011, e Obama declarou que estas ações já têm se mostrado eficazes.

Autoridades de alto escalão do governo Obama sublinharam os alertas do presidente contra o Estado Islâmico.

“Eles deveriam saber que vamos segui-los até os portões do inferno, até serem levados à justiça. Porque o inferno é onde irão morar”, afirmou o vice-presidente, Joe Biden, em New Hampshire.

Em Washington, o secretário de Estado, John Kerry, classificou a execução de Sotloff de “soco no estômago” e disse que os EUA usaram todas as ferramentas militares, diplomáticas e de inteligência que possuem para libertar os reféns na Síria.

Obama está enviando Kerry, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e a conselheira de contra-terrorismo, Lisa Monaco, ao Oriente Médio para elaborar maneiras de combater o Estado Islâmico com parceiros regionais.

“Isto não vai levar uma semana ou um mês por causa do vácuo na Síria. Vai levar tempo para fazermos com que recuem”, disse Obama.

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