Mundo

Obama diz que EUA não perdoarão a violência

O povo líbio ''entende que por causa do trabalho de nossos diplomatas e militares, libertamos o país do ditador (Muammar Kadafi) que os aterrorizava durante anos''


	Obama lembrou que Stevens ''foi um dos lideres do processo'' e afirmou que ''quando o mataram houve vigílias aqui na Casa Branca para expressar o luto do povo líbio''
 (©AFP / Jim Watson)

Obama lembrou que Stevens ''foi um dos lideres do processo'' e afirmou que ''quando o mataram houve vigílias aqui na Casa Branca para expressar o luto do povo líbio'' (©AFP / Jim Watson)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 19h51.

Miami (EUA) - O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos respeitam as diferentes religiões, mas ''não vamos perdoar a violência'', em referência ao ataque sofrido no consulado em Benghazi (Líbia), que resultou na morte do embaixador, Chris Stevens, por causa da divulgação de um vídeo anti-Islã.

O ataque, no qual morreram outros três funcionários dos EUA, ''não representa a atitude do povo líbio'', disse o presidente americano.

O povo líbio ''entende que por causa do trabalho incrível de nossos diplomatas e militares, libertamos o país do ditador (Muammar Kadafi) que os aterrorizava durante anos'', afirmou hoje Obama durante uma entrevista em Miami à emissora ''Univision'', retransmitida ao vivo pelo Facebook.

Obama lembrou que Stevens ''foi um dos lideres do processo'' e afirmou que ''quando o mataram houve vigílias aqui na Casa Branca para expressar o luto do povo líbio''.

''O que vimos nestas últimas semanas, é algo que já vimos anteriormente: o vídeo e as charges ofensivas ao profeta Maomé são utilizados como desculpa por alguns para cometerem atos de violência imperdoáveis contra os americanos''.

Conforme explicou, sua prioridade ''sempre foi manter a segurança'' dos diplomatas e das embaixadas do seu país.

''Quando ocorreram estes eventos inicialmente no Cairo e depois por toda a região, trabalhamos com a secretária de Estado, Hillary Clinton, para redobrar nossa segurança e para mandar uma mensagem aos lideres destes países, basicamente dizendo que não tivemos nada a ver com o vídeo, que o consideramos ofensivo e que não representa a opinião dos EUA'', ressaltou.


Em qualquer caso, enfatizou que, embora ''tratemos com respeito um ao outro em relação às crenças religiosas, não vamos perdoar a violência''.

O presidente explicou que, embora seu objetivo em curto prazo seja garantir a segurança do corpo diplomático e que os responsáveis pelos ataques sejam levados à Justiça, também é importante esperar ''o que vai acontecer agora com a Primavera Árabe, com a mudança nos países de uma ditadura para uma democracia''.

''Nós não podemos substituir a tirania de um ditador com outra tirania. Minha mensagem aos presidentes da Tunísia e do Egito é que nós apoiamos a democracia e que a democracia também consiste em proteger os direitos das minorias'', defendeu Obama, que se negou a vincular diretamente o ataque na Líbia com a Al Qaeda e disse que esta é uma questão que ainda está sendo investigada.

Obama disse não ter obtido ainda ''plena cooperação de países como Egito, Líbia e Tunísia'' e que, em qualquer caso, deve-se vigiar de perto ''os grupos que ameaçam os interesses dos EUA'' e que ''ainda podem causar muitos danos''.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

França e Polônia reafirmam posição contra o acordo UE-Mercosul

2ª Expo de cadeia de suprimentos em Pequim foca na integração global

Israel anuncia acordo de cessar-fogo com Hezbollah com apoio dos EUA