Mundo

Obama diz que EUA investigarão massacre

'Os Estados Unidos levarão esse assunto como se fossem seus próprios cidadãos ou seus filhos', declarou o presidente americano sobre os 16 mortos no Afeganistão

Após o massacre se multiplicaram no Afeganistão os pedidos para que o suposto culpado seja julgado no país (Chip Somodevilla/Getty Images)

Após o massacre se multiplicaram no Afeganistão os pedidos para que o suposto culpado seja julgado no país (Chip Somodevilla/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 16h53.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que seu Governo vai investigar 'até as últimas consequências' o massacre de 16 civis afegãos no domingo, supostamente assassinados por um soldado americano em Kandahar (Afeganistão).

'Os Estados Unidos levarão esse assunto como se (os mortos) fossem seus próprios cidadãos ou seus filhos', declarou o presidente americano, quem insistiu que o massacre dos civis afegãos é um fato 'vergonhoso e inaceitável'.

'Estamos com o coração partido pela perda de vidas inocentes. Isto não é o que somos como país e não representa nossas Forças Armadas', disse em breve comparecimento no jardim da Casa Branca.

O presidente americano garantiu que o Pentágono 'não poupará esforços para conduzir uma investigação completa' sobre o incidente e ressaltou que este examinará os fatos 'até o final'.

Segundo a imprensa americana, o suposto autor dos fatos é um sargento de 38 anos que chegou ao Afeganistão pela primeira vez em dezembro, embora tenha experiência anterior no Iraque.

Como informou à 'CNN' um funcionário do Departamento de Defesa, o sargento era um franco-atirador de infantaria treinado para matar a 800 metros de distância.


Durante sua estadia no Iraque em 2010 ele sofreu um acidente de automóvel que o deixou com uma lesão cerebral traumática. No entanto, após receber tratamento foi autorizado a voltar ao serviço militar e enviado ao Afeganistão.

Após o massacre se multiplicaram no Afeganistão os pedidos para que o suposto culpado seja julgado no país. Os extremistas advertiram na segunda-feira que vingariam o assassinato dos 16 civis.

Obama reiterou que, apesar do incidente, que ocorre semanas após soldados americanos queimarem exemplares do Corão, o que provocou uma onda de protestos, os Estados Unidos não pensam em mudar sua estratégia respeito ao Afeganistão e manterá o calendário de retirada.

'Temos uma estratégia que nos permitirá acabar com esta guerra', acrescentou o presidente, lembrando que em setembro 23 mil soldados retornarão aos EUA, depois dos 10 mil que deixaram o país no ano passado.

Depois da retirada desses 23 mil militares, no Afeganistão ficarão 68 mil soldados americanos, segundo a Casa Branca.

Por sua parte, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, reiterou pouco depois em sua entrevista coletiva diária que os objetivos 'estratégicos' dos EUA, que são estabilizar o Afeganistão e expulsar a Al Qaeda do território, 'não mudaram e não mudarão'.

Além disso, disse que é 'falsa' a informação publicada hoje pelo jornal 'The New York Times' que afirma que os EUA estudam acelerar a retirada desses 68 mil soldados que ficarão no Afeganistão a partir de setembro, citando funcionários da Casa Branca, do Pentágono e do Departamento de Estado. 

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaBarack ObamaEstados Unidos (EUA)MortesPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô