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Obama diz estar decepcionado com a Rússia

O presdiente americano se manifestou após a Rússia ter concedido asilo temporário para o ex-agente norte-americano Edward Snowden


	Barack Obama: após a concessão de asilo, a Casa Branca passou a reconsiderar os planos de viagem do presidente para a Rússia em setembro
 (Larry Downing/Reuters)

Barack Obama: após a concessão de asilo, a Casa Branca passou a reconsiderar os planos de viagem do presidente para a Rússia em setembro (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 11h54.

Califórnia - O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que ficou "decepcionado" com o fato de a Rússia ter concedido asilo temporário para o ex-agente norte-americano Edward Snowden.

Em seus primeiros comentários sobre o caso desde a decisão russa na semana passada, Obama afirmou que a ação refletia "os desafios básicos" que ele enfrenta ao lidar com Moscou.

"Há momentos em que eles escorregam de volta para o pensamento da Guerra Fria e uma mentalidade da Guerra Fria", disse Obama no "The Tonight Show", da emissora NBC. O programa foi transmitido na noite de terça-feira.

Edward Snowden é o ex-analista de sistemas da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) acusado de vazar detalhes sobre os programas de vigilância do governo norte-americano. Ele passou várias semanas na zona de trânsito de um aeroporto de Moscou, antes de receber asilo por um ano.

A decisão russa pode ser considerada como um enfrentamento aos pedidos do governo dos EUA de que o delator de programas secretos de Washington fosse levado de volta ao seu país de origem para julgamento.

Após a concessão de asilo, a Casa Branca passou a reconsiderar os planos de Obama de viajar para a Rússia em setembro. Ele disse que iria participar de uma cúpula internacional em São Petersburgo, alegando que era importante para os EUA ser representado nas negociações entre as potências econômicas mundiais.

Mas não informou se planejava participar de reuniões separadas com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. A Casa Branca disse que estava avaliando a "utilidade" das reuniões com Putin.


No programa da NBC, Obama também criticou a nova lei russa de repressão a militância pelos direitos dos homossexuais. O presidente dos EUA disse que ele não tem "nenhuma paciência para os países que tentam tratar gays e lésbicas e transgêneros de maneiras que os intimidam ou que são prejudiciais a" essas pessoas.

A Rússia disse que vai reforçar a lei quando hospedar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi. Questionado sobre se a lei teria um impacto sobre os jogos, Obama disse que acredita que Putin e a Rússia têm muita coisa em jogo "ao garantir que os Jogos Olímpicos funcionem".

"Eu acho que eles entendem que para a maioria dos países que participam nos Jogos Olímpicos, nós não toleraríamos que gays e lésbicas fossem tratados de forma diferente", disse.

Em uma longa entrevista, Obama também falou sobre seu recente almoço com Hillary Rodham Clinton, sua rival nas primárias presidenciais democratas de 2008. Clinton, que deixou o cargo de Secretária de Estado no início deste ano, teve um "brilho" pós-administração, afirmou Obama.

Contudo, o presidente evitou perguntas sobre se ela estava planejando se candidatar a presidente em 2016. "Tenha em mente", disse Obama, "ela já esteve lá antes". Fonte: Associated Press.

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