Mundo

Obama diz ao presidente turco que o EI é o "inimigo comum"

Em um encontro bilateral entre os líderes realizado à margem da COP21, em Paris, Obama ressaltou que a Turquia é uma aliada da Otan


	Barack Obama: ele afirmou que quer acelerar os contatos americanos em matéria militar com a Turquia
 (Jonathan Ernst/ Reuters)

Barack Obama: ele afirmou que quer acelerar os contatos americanos em matéria militar com a Turquia (Jonathan Ernst/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 08h53.

Paris - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira ao seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, que o "inimigo comum" dos dois países é o Estado Islâmico (EI), e disse também que pretende expandir as relações militares com a Turquia no contexto do conflito sírio.

Em um encontro bilateral entre os líderes realizado à margem da 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), em Paris, Obama ressaltou que a Turquia é uma aliada da Otan e que todos têm um inimigo em comum, que é o EI.

Obama afirmou que quer acelerar os contatos americanos em matéria militar com a Turquia, não só para garantir a segurança do país, mas também para conseguir diminuir a intensidade da guerra na Síria.

Por sua vez, Erdogan disse que falou com o Obama sobre a luta contra o EI, assim como sobre as recentes tensões entre Rússia e Turquia, provocadas depois da derrubada de um avião militar russo que sobrevoava a fronteira turco-síria.

"Estamos buscando soluções diplomáticas. Queremos evitar tensões. Não queremos ser prejudicados, mas sim que a paz prevaleça", destacou Erdogan após o encontro com o presidente americano.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também esteve na abertura da COP21 ontem em Paris, mas se negou a receber Erdogan, lançando duras acusações contra a Turquia, culpando o país de derrubar o bombardeiro russo para proteger o abastecimento de petróleo do EI ao território turco.

Erdogan prometeu renunciar ao cargo de presidente da Turquia caso as acusações de Putin sejam comprovadas.

Durante a reunião com Obama, ambos abordaram também o estabelecimento de um governo transitório na Síria, ponto no qual Erdogan se mostrou contente "por ver progressos" e a proteção dos civis de origem turca que vivem na região do conflito.

Além disso, Obama afirmou que a Turquia "foi extraordinariamente generosa" em seu apoio à crise dos refugiados.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstado IslâmicoEstados Unidos (EUA)EuropaOtanPaíses ricosTurquia

Mais de Mundo

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique