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Obama desmente vazamentos intencionais de informações

"A ideia de que a Casa Branca vaza propositalmente (à imprensa) informações de segurança nacional e confidenciais é chocante", disse

Mas Obama assegurou que tais revelações, das quais ele não confirma a autenticidade, não beneficiam ninguém (©AFP / Brendan Smialowski)

Mas Obama assegurou que tais revelações, das quais ele não confirma a autenticidade, não beneficiam ninguém (©AFP / Brendan Smialowski)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 14h41.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou veementemente nesta sexta-feira que a Casa Branca divulgue intencionalmente informações secretas à imprensa, e declarou que tais afirmações são "chocantes".

Perguntado sobre esta questão que provocou agitação no Congresso durante a semana, Obama garantiu "tolerância zero em relação a este tipo de vazamento e especulação", e advertiu para as consequências para os responsáveis por tais atos.

"A ideia de que a Casa Branca vaza propositalmente (à imprensa) informações de segurança nacional e confidenciais é chocante", disse.

Os principais encarregados de assuntos de inteligência dos dois partidos no Congresso criticaram o recente vazamento na quinta-feira no The New York Times. De acordo com informações obtidas pelo jornal, Obama seria responsável pelo aumento dos ataques cibernéticos contra o programa nuclear do Irã, após a descoberta em 2010 do potente vírus de computador Stuxnet.

Os congressistas também criticaram a divulgação de informações sobre a autorização dada pela Casa Branca para matar suspeitos de terrorismo durante operações clandestinas, assim como as revelações sobre os ataques de drones no Iêmen e no Chifre da África.

O adversário de Obama na eleição de presidencial de 2008, John McCain, chegou a acusar a presidência democrata de organizar esses vazamentos para obter dividendos políticos, a cinco meses da eleição presidencial. Na terça-feira chegou a declarar que "independentemente da utilidade política desses vazamentos para o presidente Obama, eles devem parar".

Mas Obama assegurou que tais revelações, das quais ele não confirma a autenticidade, não beneficiam ninguém. "Quando essas informações ou esses artigos, verdadeiros ou falsos, aparecem como notícias das primeiras páginas dos jornais, tornam mais difícil o trabalho das pessoas na linha da frente", disse.

"E isso torna meu trabalho mais difícil. É por isso que, desde que assumi o cargo, exigi tolerância zero com esses tipos de vazamentos e especulações", acrescentou.

"Existem mecanismos em ação, e se conseguirmos localizar as pessoas que cometeram vazamentos, elas vão sofrer as consequências. Em alguns casos, trata-se de atos criminosos", observou.

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