Mundo

Obama defende programas de espionagem de agências

"Uma das coisas que as pessoas deveriam entender sobre todos estes programas é que eles nos ajudaram a descobrir planos terroristas", disse o presidente


	Obama: "Continuo achando que não temos que sacrificar nossa liberdade para garantir a segurança. Esse é um falso dilema", disse o presidente
 (REUTERS/Joshua Roberts)

Obama: "Continuo achando que não temos que sacrificar nossa liberdade para garantir a segurança. Esse é um falso dilema", disse o presidente (REUTERS/Joshua Roberts)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 07h39.

Washington - O presidente dos Estados Unidos Barack Obama reiterou sua defesa da atuação da Agência de Segurança Nacional americana (NSA) nesta segunda-feira, mas destacou as diferenças em relação à administração de George W. Bush, em especial do ex-vice-presidente Dick Cheney.

"Algumas pessoas dizem: 'Obama era esse liberal convicto antes e agora é como Dick Cheney'", afirmou o atual presidente americano durante uma entrevista para a emissora "PBS".

"Cheney às vezes dizia: 'Ok, vamos com tudo'. Minha preocupação sempre foi não que não exista coleta de informações para prevenir atos de terrorismo, mas sim estabelecer um sistema de monitoramento e revisão", disse Obama, em uma tentativa de se afastar das políticas da administração anterior.

O presidente reiterou na entrevista os argumentos de sua administração depois que Edward Snowden, ex-técnico da CIA e da NSA, divulgou no início do mês a existência de dois programas secretos que o governo supostamente utilizava para espionar registros telefônicos e dados digitais de milhões de usuários.

Nesse sentido, Obama reiterou a importância do trabalho das agências de inteligência e insistiu que graças a elas foram evitados ataques terroristas.

"Uma das coisas que as pessoas deveriam entender sobre todos estes programas é que eles nos ajudaram a descobrir planos terroristas, não só nos EUA, mas também no exterior", ressaltou.


A entrevista foi gravada no domingo pela tarde na Casa Branca, pouco antes da viagem de Obama para a Irlanda do Norte para a cúpula do G8 que acontece hoje e amanhã.

"Continuo achando que não temos que sacrificar nossa liberdade para garantir a segurança. Esse é um falso dilema", disse o presidente.

"Eu vejo que o meu trabalho consiste tanto em proteger os americanos como o modo de vida americano, o que inclui a sua privacidade" ·

Com isso, reiterou a "transparência" destes programas que incluem a supervisão de organismos independentes e informam pontualmente o congresso.

Também disse que os programas não foram criados para gravar conversas, apenas fazem a associação de números telefônicos, e rejeitou a figura de um "Big Brother" que vigia todos os e-mails e ligações.

"O que pedi à comunidade de inteligência é que analise o quanto desta informação pode ser desclassificada sem comprometer o programa", afirmou Obama.

Além disso, anunciou sua intenção de se reunir em breve com um conselho de supervisão da privacidade e das liberdades civis para estudar modos para equilibrar as necessidades de vigilância e o respeito ao direito à privacidade. EFE

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEspionagemEstados Unidos (EUA)NSAPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Equador escolhe novo presidente neste domingo em 2º turno acirrado

‘Vamos recuperar nosso quintal’, diz secretário de Trump sobre América Latina

Israel amplia ofensiva em Gaza e toma corredor-chave

Wall Street Journal aponta Brasil como símbolo negativo do protecionismo defendido por Trump