Mundo

Obama decidirá em breve se entrega armas à Ucrânia

O presidente americano decidirá se vai fornecer armas ao governo ucraniano para combater os rebeldes armados pró-Rússia

O presidente americano, Barack Obama, discursa (Kevin Lamarque/Reuters)

O presidente americano, Barack Obama, discursa (Kevin Lamarque/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 17h24.

Kiev - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidirá "em breve" se fornecerá armas ao governo ucraniano para combater os rebeldes armados pró-russos do leste do país, indicou nesta sexta-feira, em Kiev, o secretário de Estado americano, John Kerry.

"O presidente tomará sua decisão, espero que em breve", disse Kerry a jornalistas depois de a Casa Branca dizer que está disposta a fornecer armas, mas acrescentou que "a primeira opção obviamente é resolver a questão através da diplomacia".

Kerry disse que Obama esperará até que seja apresentada, no sábado, a última iniciativa para a paz que a Alemanha e a França apresentarão ao presidente russo, Vladimir Putin, acusado pelo Ocidente de apoiar os separatistas no leste da Ucrânia.

"Não estamos interessados em uma guerra de poder, nosso objetivo é mudar o comportamento da Rússia", disse Kerry, que prometeu que os Estados Unidos e seus parceiros vão considerar todas as opções disponíveis, que permitam uma solução negociada.

"Quando o presidente considerar necessário ou estiver pronto, vai tomar uma decisão", disse o secretário de Estado.

O premiê ucraniano, Arseni Yatseniuk, disse que a Ucrânia deveria aumentar suas capacidades de defesa para alcançar a paz.

"O único país que desmente categoricamente a presença russa no campo é a Federação Russa e, particularmente, Vladimir Putin", afirmou.

"Posso emprestar-lhes meus óculos", ironizou o chefe de governo, mostrando os óculos para as câmeras.

Em Washington, um grupo bipartidário de senadores americanos, que inclui o republicano John McCain, renovou nesta quinta-feira o apelo pelo aumento da ajuda militar à Ucrânia, criticando a atitude dos europeus.

"Ajudar a Ucrânia a repudiar os ataques e a se defender não é contraditório com a busca de uma solução política pacífica", disse McCain, durante coletiva de imprensa ao lado de vários colegas, muitos deles democratas.

Em dezembro, o Congresso já tinha aprovado o aporte de US$ 350 milhões durante três anos para entregar equipamentos de radar anti-artilharia e drones (aviões sem piloto), munição antitanques e outros materiais, mas a decisão de entregar estas armas depende do executivo.

O governo ucraniano e seus aliados ocidentais acusam a Rússia de enviar tropas e armas ao leste da Ucrânia para ajudar os separatistas, que se sublevaram em abril passado contra a autoridade de Kiev.

Enquanto Moscou nega estas acusações, os rebeldes dispõem do armamento sofisticado de um exército regular e infringiu várias derrotas militares às tropas ucranianas nos últimos meses de um conflito no qual morreram mais de 5.300 pessoas desde abril.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBarack ObamaCrise políticaEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosPersonalidadesPolíticosRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'