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Obama confirma extensão da campanha de ataques contra o EI

Barack Obama informou ao congresso a ampliação da campanha de ataques contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque


	Barack Obama: "operações militares adicionais serão de dimensões e duração limitada"
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Barack Obama: "operações militares adicionais serão de dimensões e duração limitada" (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 14h06.

Washington - O presidente de Estados Unidos, Barack Obama, informou nesta segunda-feira formalmente ao Congresso americano que ampliou sua campanha de ataques "limitados" contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) na região da estratégica represa de Haditha, na província de Al-Anbar, no Iraque.

Em carta enviada às câmaras do Congresso, Obama indicou que as Forças Armadas americanas começaram a realizar ontem "ataques seletivos nos arredores da represa de Haditha, em apoio às forças iraquianas que buscam reter o controle desta infraestrutura crítica e defendê-la do EI".

"Estas operações militares adicionais serão de dimensões e duração limitada, de acordo com o que for necessário para enfrentar esta ameaça e evitar que se ponham em risco os soldados e instalações americanas, além de um grande número de civis iraquianos", explicou Obama.

O líder sustentou que os novos ataques respondem "ao interesse de segurança nacional e de política externa dos Estados Unidos", baseados em sua autoridade constitucional para dirigir a defesa do país de acordo com a Lei de Poderes de Guerra.

Obama autorizou há um mês a realização de ataques seletivos no Iraque para deter os avanços do Estado Islâmico e, até agora, os bombardeios se concentravam nos arredores da cidade de Erbil e da represa de Mossul, no norte do país, além do monte Sinjar durante as primeiras semanas da ofensiva.

A ampliação da zona de ataque procura evitar que o grupo jihadista consiga tomar o controle de outra represa estratégica, situada na comarca de Haditha, a cerca de 260 quilômetros de Bagdá, explicou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden.

"A represa de Haditha é a segunda maior contribuinte de energia hidrelétrica ao sistema energético do Iraque, e a destruição desta, com a libertação de água, poderia gerar um nível de inundação que potencialmente apresentaria uma ameaça catastrófica para milhares de iraquianos no vale de Eufrates", assinalou Hayden em comunicado.

Essa ameaça afetaria desde aqueles que residem na província de Al-Anbar "até os que vivem em regiões de Bagdá, incluindo possíveis inundações nos arredores do aeroporto internacional de Bagdá, onde residem centenas de funcionários americanos", precisou a porta-voz.

"A represa permanece sob o controle das Forças de Segurança iraquianas, com a assistência das tribos sunitas", acrescentou.

No domingo, as forças americanas realizaram cinco ataques nos arredores da represa de Haditha e destruíram oito veículos militares do EI, além de um posto de comando e duas posições de combate do grupo extremista, informou o Comando Central dos Estados Unidos.

Esses bombardeios foram realizados a pedido do governo do Iraque, informou o Comando Central, que, desde o início da operação há um mês, realizou 143 ataques seletivos no Iraque.

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