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Obama comemora novo acordo contra aquecimento global

Em comunicado, Obama aplaudiu a aprovação hoje em Kigali, a capital de Ruanda, de uma emenda ao Pacto de Montreal de 1987


	Obama: "o acordo de hoje encerra dez dias cruciais em nossos esforços globais para combater a mudança climática"
 (Jorge Silva / Reuters)

Obama: "o acordo de hoje encerra dez dias cruciais em nossos esforços globais para combater a mudança climática" (Jorge Silva / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2016 às 14h51.

Washington -- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, celebrou neste sábado o novo acordo "ambicioso" alcançado por cerca de 200 países para eliminar gradualmente os hidrofluorocarbonetos (HFC), gases utilizados em sistemas de refrigeração, espumas e aerossóis e que potencializam o aquecimento do planeta.

Em comunicado, Obama aplaudiu a aprovação hoje em Kigali, a capital de Ruanda, de uma emenda ao Pacto de Montreal de 1987, que inclui as duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, e cuja aplicação poderia evitar um aumento de 0,5 grau Celsius na temperatura da Terra durante este século.

"Durante muitos anos, os Estados Unidos trabalharam sem descanso para encontrar uma solução global que permitisse eliminar gradualmente a produção e o consumo de hidrofluorocarbonetos", que "podem ser entre centenas e milhares de vezes mais potentes que o dióxido de carbono", afirmou Obama.

"Hoje, em Kigali, quase 200 países adotaram uma solução ambiciosa e de grande alcance para esta crise iminente", acrescentou o presidente dos EUA.

De acordo com o pacto, que foi batizado como "Emenda de Kigali", os países desenvolvidos começarão a diminuir gradualmente o uso dos hidrofluorocarbonetos em 2019, enquanto os que estão em vias de desenvolvimento congelarão seus níveis de consumo entre 2024 e 2028.

O acordo contempla exceções para os países com altas temperaturas ambientais, para que seu ritmo de eliminação seja mais lento, mas espera-se que, até o fim da década de 2040, todos os signatários do Protocolo de Montreal não consumam mais de 20% de seus níveis atuais.

Obama destacou que o plano "proporciona financiamento aos países que necessitam, para que a nova tecnologia de aparelhos de ar-condicionado e refrigeração possa estar disponível para seus cidadãos", através de um fundo de financiamento para a redução dos gases HFC, cujo custo é estimado em bilhões de dólares.

"O acordo de hoje encerra dez dias cruciais em nossos esforços globais para combater a mudança climática", disse Obama, ao lembrar que, na semana passada, foi ultrapassado o limite de ratificações necessárias para a entrada em vigor do Acordo de Paris e se alcançou "um pacto para reduzir as emissões da aviação internacional".

"Juntos, estes passos demonstram que, embora a diplomacia nunca seja fácil, podemos trabalhar juntos para deixar para nossos filhos um planeta mais seguro, mais próspero e mais livre que o que foi deixado para nós", ressaltou o presidente, que enviou seu secretário de Estado, John Kerry, para a conclusão das negociações em Kigali. 

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