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Obama chega à África do Sul enquanto Mandela "melhora"

Barack Obama, chega à África do Sul para uma visita que homenageará aquele a quem chama de seu "herói pessoal"

Obama visitará no fim de semana Johanesburgo, Pretória e Cidade do Cabo e a ilha Robben, antiga colônia penal na qual Mandela passou 18 dos 27 anos em que esteve preso pelo apartheid (REUTERS/Jason Reed)

Obama visitará no fim de semana Johanesburgo, Pretória e Cidade do Cabo e a ilha Robben, antiga colônia penal na qual Mandela passou 18 dos 27 anos em que esteve preso pelo apartheid (REUTERS/Jason Reed)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 18h08.

Pretório/Johanesburgo - O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, ícone da luta contra o apartheid, melhorou sensivelmente no hospital, disse sua ex-mulher Winnie nesta sexta-feira, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegava à África do Sul para uma visita que homenageará aquele a quem chama de seu "herói pessoal".

A frágil saúde do primeiro presidente negro da África do Sul, um símbolo da reconciliação racial, tem atraído a atenção do mundo desde que Mandela, de 94 anos, foi levado às pressas para o hospital com uma infecção pulmonar recorrente há quase três semanas.

No começo desta semana, o governo disse que seu estado era crítico, mas desde quinta-feira o presidente sul-africano, Jacob Zuma, tem relatado que Mandela estava melhorando.

"Não sou médica, mas posso dizer que, em relação a como ele estava dias atrás, há uma grande melhora", disse Winnie Madikizela-Mandela a jornalistas em frente à antiga casa do presidente, no bairro de Soweto, em Johanesburgo.

Mas ela acrescentou que Mandela permanece "clinicamente ruim".

A bordo do avião presidencial antes de desembarcar na África do Sul, como parte de uma viagem por três países do continente, Obama fez elogio à forma como Mandela comandou seu país depois de anos contra o regime de segregação racial, mas disse que não precisa de uma "oportunidade para foto" ao lado do ex-presidente.

"Neste momento, nossa principal preocupação é com o bem estar dele, o conforto dele, e com o bem estar e conforto da família disse", afirmou Obama a jornalistas antes de o avião pousar na base aérea Waterkloof, em Pretória, na noite desta sexta-feira.

Fontes da Casa Branca disseram que uma visita de Obama ao hospital dependerá do aval da família de Mandela.

Obama visitará no fim de semana Johanesburgo, Pretória e Cidade do Cabo, onde será levado no domingo até a ilha Robben, antiga colônia penal na qual Mandela passou 18 dos 27 anos em que esteve preso pelo regime do apartheid.


No sábado, Obama deve conversar com jovens líderes de Soweto, subúrbio célebre pelos protestos estudantis de 1976 contra o aparheid. Sua mensagem na África do Sul, disse Obama, será inspirada em lições de vida do próprio Mandela.

"Se focarmos no que a África, como continente, pode fazer junta, e o que esses países podem fazer quando unificados, em vez de se dividirem por tribo, raça ou religião, então a ascensão da África irá continuar."

Nesta sexta-feira, cerca de mil sindicalistas, ativistas islâmicos e militantes comunistas fizeram um protesto até a embaixada dos Estados Unidos contra a visita de Obama, passando inclusive a poucos quarteirões do hospital onde Mandela está internado.

Os ativistas criticavam a política externa "arrogante e opressiva" de Obama e queimaram bandeiras dos Estados Unidos. Os ativistas muçulmanos rezaram num estacionamento em frente à embaixada, e um religioso, imã Sayeed Mohammed, disse ao grupo: "Esperamos que Mandela se sinta melhor, e que Obama possa aprender com ele".

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