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Obama autoriza ajuda secreta a rebeldes sírios

A ordem presidencial, aprovada neste ano, permite que a CIA e outras agências ajudem ativamente os insurgentes sírios

O presidente americano, Barack Obama: por enquanto, a Casa Branca parece estar evitando entregar armas letais aos rebeldes (Jay Paul/Getty Images/AFP)

O presidente americano, Barack Obama: por enquanto, a Casa Branca parece estar evitando entregar armas letais aos rebeldes (Jay Paul/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 19h43.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou uma portaria secreta que autoriza o apoio norte-americano aos rebeldes que tentam derrubar o presidente da Síria, Bashar al Assad, segundo fontes dos EUA familiarizadas com o assunto.

A ordem presidencial, aprovada neste ano, permite que a CIA e outras agências ajudem ativamente os insurgentes sírios. Esse e outros fatos sinalizam um apoio crescente, embora ainda circunscrito, aos oponentes armados do regime, tendência que se intensificou depois que no mês passado países aliados de Assad vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que levaria a sanções contra a Síria.

Por enquanto, a Casa Branca parece estar evitando entregar armas letais aos rebeldes, como fazem alguns aliados de Washington.

Mas autoridades norte-americanas e europeias dizem que tem havido melhoras significativas na coerência e eficácia dos grupos rebeldes sírios nas últimas semanas. Até então, os governos ocidentais consideravam a oposição síria desorganizada, quase caótica.

Não foi possível determinar exatamente quando Obama assinou a ordem secreta, e a dimensão completa da ajuda tampouco ficou clara. O porta-voz da Casa Branca, Tommy Vietor, não quis comentar.


Uma fonte governamental admitiu que, em conformidade com a portaria presidencial, os EUA estão colaborando com um centro secreto de comando operado pela Turquia e por seus aliados.

Na semana passada a Reuters noticiou que a Turquia, com Arábia Saudita e Catar, havia instalado uma base secreta perto da fronteira com a Síria para ajudar a direcionar equipamentos militares e de comunicações para os adversários de Assad.

Esse "centro nervoso" fica em Adana, cidade turca a cerca de 100 quilômetros da fronteira síria. Na mesma região está a base aérea norte-americana de Incirlik, com importante presença das agências de inteligência dos EUA.

Na terça-feira o canal NBC News noticiou que o grupo Exército Sírio Livre obteve quase duas dúzias de mísseis terra-ar, que poderiam ser usados contra helicópteros e aviões do governo. O regime de Assad tem intensificado o uso da sua aviação nos últimos dias.

A NBC disse que esses mísseis portáteis foram entregues aos rebeldes via Turquia.

Mas nesta quarta-feira um representante político do Exército Sírio Livre negou, em entrevista à TV Al Arabiya, que o grupo tenha recebido essas armas. Fontes do governo norte-americano disseram que não poderiam confirmar nem desmentir a informação.

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