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Obama apresenta medidas para reduzir violência por armas

Em artigo em sua página oficial do Facebook, Obama explicou que estas medidas são mais um passo para aprofundar as iniciativas anunciadas em janeiro


	Obama:"Deveríamos fazer todo o possível para salvar vidas e evitar a famílias a dor e as perdas inimagináveis que muitos americanos sofreram"
 (Kevin Lamarque / Reuters)

Obama:"Deveríamos fazer todo o possível para salvar vidas e evitar a famílias a dor e as perdas inimagináveis que muitos americanos sofreram" (Kevin Lamarque / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2016 às 15h14.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta sexta-feira novas medidas para tentar reduzir a violência causada pelas armas de fogo, entre elas acelerar o desenvolvimento de tecnologia para fabricar "armas inteligentes" e compartilhar registros de saúde mental com o sistema de antecedentes penais.

Em artigo em sua página oficial do Facebook, Obama explicou que estas medidas são mais um passo para aprofundar as iniciativas anunciadas em janeiro passado.

"Como disse em janeiro, estas medidas de bom senso não vão evitar todas as tragédias, mas e se evitarmos pelo menos uma?", argumentou Obama.

"Deveríamos fazer todo o possível para salvar vidas e evitar a famílias a dor e as perdas inimagináveis que muitos americanos sofreram", acrescentou.

De acordo com a Casa Branca, a cada ano nos EUA as armas de fogo causam mais de 30 mil mortes em acidentes, tiroteios, casos de violência doméstica e suicídios.

Em janeiro, Obama instruiu os departamentos de Defesa, Justiça e Segurança Nacional a elaborar uma estratégia para acelerar o desenvolvimento de tecnologia associada às chamadas "armas inteligentes" ou personalizadas, que são mais seguras porque somente podem ser disparadas pelo proprietário ou por uma pessoa autorizada.

Essa estratégia, apresentada hoje, contempla o início de um processo para definir, pela primeira vez, os requisitos que os fabricantes devem cumprir para desenvolver "armas inteligentes" que depois possam ser compradas pelas agências e por forças de segurança federais, estaduais e locais.

O compromisso é que esse processo seja completado em outubro, segundo a Casa Branca.

Outra das medidas anunciadas hoje tem o objetivo de que os registros federais de saúde mental sobre as pessoas proibidas de comprar uma arma sejam compartilhados com o sistema de verificação de antecedentes criminais.

Além disso, a Casa Branca organizará uma cúpula em maio com funcionários e autoridades dos 50 estados do país para abordar que outras medidas executivas e legislativas possam ser tomadas para reduzir as mortes por armas de fogo.

"Enquanto for presidente, farei de tudo que estiver ao meu alcance para fazer com que nossas comunidades sejam mais seguras e manter as armas longe das mãos erradas", ressaltou Obama em seu artigo.

O presidente voltou a pedir também ao Congresso que aprove reformas "de bom senso" que contam com o apoio "da imensa maioria do povo americano".

Em 2013, Obama tentou pressionar o Congresso para levar adiante leis para o controle da venda de armas de fogo, mas os legisladores nem sequer aprovaram a proposta que gerava mais consenso e que buscava implantar um sistema universal de verificação de antecedentes dos compradores.

Em janeiro passado, visivelmente emocionado e entre lágrimas quando lembrou as 20 crianças assassinadas no tiroteio na escola Sandy Hook de Newtown (Connecticut) em 2012, Obama apresentou um pacote de medidas executivas cuja peça principal é uma nova regulação para ampliar a verificação de antecedentes daqueles que compram uma arma.

Uma das peças fundamentais desse pacote executivo é a que requer que toda pessoa que faça negócio com a venda de armas se registre, obtenha uma licença federal e, portanto, assuma a obrigação de revisar os antecedentes criminais e de saúde mental de seus compradores.

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