Mundo

Obama anuncia plano para reforçar presença militar na Europa

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou plano para aumentar a presença militar americana no leste da Europa

Barack Obama: Obama explicou que solicitou ao Congresso que autorize desembolso de US$ 1 bi (Larry Downing/Reuters)

Barack Obama: Obama explicou que solicitou ao Congresso que autorize desembolso de US$ 1 bi (Larry Downing/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 10h38.

Varsóvia - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira em Varsóvia um plano para aumentar a presença militar americana no leste da Europa, declaração que chega em um contexto marcado pela crise da Ucrânia, as tensões com a Rússia e o temor de países como a Polônia de um expansionismo russo na região.

Em entrevista coletiva na capital polonesa, Obama explicou que solicitou ao Congresso de seu país que autorize um desembolso de US$ 1 bilhão, que servirá para financiar a chamada "Iniciativa para o reforço da Europa".

O plano prevê o reforço da presença militar em territórios aliados como Polônia e as repúblicas bálticas (Lituânia, Letônia e Estônia), mas também exercícios militares com os exércitos de ex-repúblicas soviéticas como Moldávia, Geórgia e a própria Ucrânia, países que há anos buscam estreitar laços com a Otan e a União Europeia (UE).

De fato, um dos principais objetivos da iniciativa é impulsionar a capacidade militar dos países não membros da Otan que ficam na fronteira com a Rússia.

Segundo a Casa Branca explicou em um comunicado, o plano não será financiado "às custas de outras prioridades de defesa, como o compromisso americano com o reequilíbrio da região Ásia-Pacífico".

Em abril, os Estados Unidos já enviaram 150 militares para a Polônia para exercícios militares, embora o governo local tenha solicitado uma presença maior da Otan diante do temor histórico do "expansionismo" russo.

Obama ressaltou que a presença atualmente de 600 soldados dos Estados Unidos na Polônia e nos estados bálticos "possibilita" uma maior participação dos Estados Unidos na região.

Segundo o presidente, esta presença procura principalmente melhorar as instalações técnicas para poder responder a possíveis ameaças à Aliança nesta região da Europa.

O presidente dos Estados Unidos também pediu a cada um dos aliados da Otan gestos que reforcem suas políticas de defesa, e destacou a liderança da Polônia, um dos países que mais apoiou a mudança de governo na Ucrânia, e elogiou seu "grande investimento em segurança".

O presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, anunciou que aumentará a despesa militar de seu país até alcançar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o que representará a compra de novos armamentos e a modernização das Forças Armadas.

Komorowski lembrou que "não há países de segunda categoria na Otan", onde a Rússia teria que dar seu sinal verde para o estabelecimento de tropas americanas, em referência aos protestos de Moscou diante do fortalecimento da Aliança na região ex-comunista.

"O aumento da presença das forças armadas dos Estados Unidos na Europa do Leste é necessário para dissuadir políticas de pressão e agressões dos vizinhos poloneses do Leste", disse Komorowski, em clara referência aos eventos acontecidos na Ucrânia nas últimas semanas. 

*Atualizada às 10h38 do dia 03/06/2014

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosPersonalidadesPolíticosUcrânia

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia