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Obama analisa crise no Egito com líderes do Catar e Emirados

Como parte de seus esforços diplomáticos na região, Obama ligou ao Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi


	Obama deixou claro que os Estados Unidos encorajam "todos os líderes políticos, militares e religiosos ao diálogo no Egito"
 (Johannes Eisele/AFP)

Obama deixou claro que os Estados Unidos encorajam "todos os líderes políticos, militares e religiosos ao diálogo no Egito" (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 17h50.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, analisou nesta terça-feira a atual crise no Egito com os líderes do Catar e dos Emirados Árabes Unidos através de diversas conversas telefônicas, informou a Casa Branca.

Como parte de seus esforços diplomáticos na região, Obama ligou ao Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi, para "compartilhar suas preocupações sobre a contínua violência e a crescente polarização política no Egito".

De acordo com a Casa Branca, ambos os líderes também abordaram "a necessidade dos líderes egípcios evitarem a provocação e a violência". Para Obama, "todos os egípcios devem se unir para encontrar um caminho viável e sair desta crise".

Obama deixou claro que os Estados Unidos encorajam "todos os líderes políticos, militares e religiosos ao diálogo no Egito, assim como um compromisso com o processo político para agilizar a formação de um governo civil eleito democraticamente", ressaltou a nota da Casa Branca.

Além disso, Obama elogiou os vínculos entre EUA e os Emirados Árabes Unidos e encorajou a federação do sudeste da península arábica a sublinhar "o diálogo e a reconciliação" em seu contato com os egípcios, indicou.

Segundo a Casa Branca, Obama também discutiu a situação no Egito com o emir do Catar, Hamad Bin Khalifa al Thani, sendo que ambos os líderes demonstraram suas "profundas preocupações" pelos recentes fatos nesse país.


De acordo com a Casa Branca, ambos os líderes sublinharam a importância de evitar "o uso da força e a incitação à violência" por qualquer bando, já que, segundo eles, esses fatores são "inaceitáveis".

Ambos os líderes consideraram que a estabilidade do Egito depende de um processo político capaz de incluir a participação de todas as partes.

As chamadas de Obama aos mencionados líderes, situados em polos opostos da crise gerada no Egito, refletiu a delicada tarefa diplomática do governo dos EUA em buscar uma solução para a crise no país.

Os Emirados Árabes Unidos se situaram contra o deposto presidente egípcio, Mohammed Mursi e a Irmandade Muçulmana, e se somaram à Arábia Saudita para assumir um pacote de ajuda de US$ 8 bilhões em empréstimos e recursos petroleiros à nova liderança no Egito.

O Catar, por sua vez, era um estreito aliado de Mursi e da Irmandade Muçulmana, outorgando bilhões de dólares em assistência ao seu governo.

No entanto, o governo de Obama segue sem esclarecer se considera ou não um golpe de Estado a derrocada militar de Mohammed Mursi e, por enquanto, deixou entrever que não tem planos de suspender a ajuda anual de US$ 1,5 bilhão ao Egito, a maioria em assistência militar.

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