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Obama alerta para risco de fragmentação social nas redes

Em uma entrevista ao príncipe Harry transmitida pela rádio BBC nesta quarta-feira, Obama disse que as redes sociais deveriam incentivar visões diferentes

Obama e Harry: "Também é, por sinal, mais difícil ser tão detestável e cruel pessoalmente do que as pessoas são anonimamente na internet" (BBC/Divulgação)

Obama e Harry: "Também é, por sinal, mais difícil ser tão detestável e cruel pessoalmente do que as pessoas são anonimamente na internet" (BBC/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 11h12.

Última atualização em 27 de dezembro de 2017 às 11h15.

Londres  - O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama disse que a maneira como as pessoas se comunicam nas redes sociais cria o risco de fragmentar a sociedade, e que os líderes precisam fazer com que a internet não deixe os usuários aferrados a seus preconceitos.

Em uma entrevista ao príncipe britânico Harry transmitida pela rádio BBC nesta quarta-feira, Obama disse que as redes sociais deveriam incentivar visões diferentes de uma forma que "não leve à balcanização de nossa sociedade".

"Todos nós em posições de liderança temos que encontrar maneiras pelas quais possamos recriar um espaço comum na internet", afirmou Obama.

"Um dos perigos da internet é que as pessoas podem ter realidades inteiramente diferentes, podem se enclausurar em informações que reforçam seus preconceitos atuais."

Obama já havia alertado que as redes sociais podem levar as pessoas a fazerem julgamentos precipitados sobre decisões complexas, mas não chegou a criticar seu sucessor, Donald Trump, usuário frequente do Twitter.

Na entrevista transmitida nesta quarta-feira, Obama disse que transferir comunidades virtuais para o mundo real ajuda as pessoas a verem que muitas questões são menos simples quanto podem parecer em uma sala de bate-papo.

"Também é, por sinal, mais difícil ser tão detestável e cruel pessoalmente do que as pessoas são anonimamente na internet".

Obama conversou com Harry durante uma entrevista conduzida pelo príncipe no papel de editor convidado do programa matinal de notícias da rádio BBC e se concentrou no interesse de ambos em divulgar certas causas.

A BBC perguntou a Harry se ele convidará o casal Obama para seu casamento com a atriz norte-americana Meghan Markle no ano que vem.

"Não sei nada disso", respondeu Harry. "Não decidimos os convites ou a lista de convidados. Quem sabe se eles serão convidados ou não? Não quero estragar a surpresa".

Na terça-feira o jornal Sun noticiou que o governo britânico fez um apelo ao príncipe para não convidar os Obamas para seu casamento por medo de enfurecer Trump.

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