Mundo

Obama admite que houve torturas após o 11/9

"Nós fizemos algumas coisas que eram erradas. Fizemos várias coisas certas, mas nós torturamos umas pessoas", disse o presidente


	Segundo ele, havia uma "enorme pressão" sobre as forças de segurança
 (Brendan Smialowski/AFP)

Segundo ele, havia uma "enorme pressão" sobre as forças de segurança (Brendan Smialowski/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2014 às 10h04.

Washington - Na mesma entrevista em que falou sobre Gaza e criticou o Hamas, o presidente Barack Obama disse que a CIA torturou presos suspeitos de atos terroristas após os ataques do 11 de setembro de 2001.

"Nós fizemos algumas coisas que eram erradas. Fizemos várias coisas certas, mas nós torturamos umas pessoas. Nós fizemos coisas que contrariavam nossos valores", declarou.

Obama fez o comentário quando se referia a relatório do Senado sobre as atividades da agência de inteligência no período posterior aos atentados. O documento ainda é confidencial.

"Entendo o que aconteceu", disse, lembrando o medo causado pela ação coordenada de terroristas, que usaram aviões de passageiros para atingir o World Trade Center e o Pentágono (uma outra aeronave caiu na Pensilvânia).

Segundo ele, havia uma "enorme pressão" sobre as forças de segurança, mas "houve excesso e o país deve assumir a responsabilidade". Obama foi alvo de críticas no Twitter pela expressão casual que utilizou para se referir ao assunto: "we tortured some folks" (torturamos uns caras, em tradução livre).

No fim da tarde, esse era o oitavo hashtag mais popular no microblog. Na quinta-feira, a CIA reconheceu que seus agentes acessaram computadores do Senado em busca de informações relacionadas ao relatório. 

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaBarack ObamaEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, é eleito presidente do Uruguai

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai