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Obama abre vantagem, mas Romney segue no encalço

Obama ampliou sua vantagem sobre Romney depois das convenções partidárias, e agora lidera em oito dos nove Estados considerados decisivos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 23h53.

Washington- O presidente Barack Obama tem uma crescente vantagem nas pesquisas e um caminho mais fácil para a Casa Branca do que seu desafiante, o republicano Mitt Romney, que no entanto permanece no encalço do democrata, a oito semanas da eleição presidencial nos EUA.

Obama ampliou sua vantagem sobre Romney depois das convenções partidárias, e agora lidera em oito dos nove Estados considerados decisivos, o que lhe dá uma vantagem clara, sem no entanto assegurar sua reeleição.

As pesquisas dos institutos Gallup e Rasmussen, atualizadas diariamente, dão na segunda-feira 5 pontos percentuais de vantagem para Obama. No levantamento CNN/ORC, o presidente está 6 pontos à frente entre os eleitores propensos a votar. Antes da convenção democrata, a situação era de empate.

A pesquisa CNN mostra que apenas 3 por cento dos prováveis eleitores permanecem indecisos ou apoiam algum candidato que não seja Obama nem Romney.

As convenções partidárias costumam oferecer efêmeros "empurrões" para os candidatos nas pesquisas, mas agora Romney está ficando sem opções para dar uma guinada na disputa e conquistar o pequeno grupo de eleitores ainda indecisos.


Até 6 de novembro, dia da votação, os principais eventos da campanha serão os três debates presidenciais e um debate entre os candidatos a vice, todos em outubro.

"Claramente, entrando nos 60 dias finais de campanha, o presidente abriu uma vantagem, e isso inclui os Estados oscilantes também", disse Peter Brown, estatístico da Universidade Quinnipiac. "Mas Romney só precisa mexer o ponteiro alguns pontos e a corrida voltaria a ficar empatada." A campanha republicana minimizou os resultados das pesquisas, divulgando um memorando em que o estatístico Neil Newhouse compara o avanço obamista pós-convenção à rápida euforia depois do consumo do açúcar. Ele previu que a situação econômica dos EUA fará com que a disputa volte rapidamente a ficar acirrada.

"A estrutura básica da campanha não mudou significativamente", disse Newhouse. "A realidade da economia (dos EUA no governo) de Obama vai se reafirmar." Romney, ex-executivo de uma firma de investimentos, tem argumentado que sua experiência empresarial o qualifica para promover a geração de empregos e a recuperação econômica.

Mas ele nunca conseguiu se distanciar de Obama, cuja campanha há meses martela anúncios acusando o republicano de ser um milionário insensível, alheio aos problemas dos norte-americanos comuns.

A divulgação de estatísticas ruins sobre a geração de empregos na manhã de sexta-feira, horas depois do discurso de Obama na convenção democrata, não impediu que o presidente atingisse 50 por cento das intenções de voto na pesquisa CNN, e que sua taxa de aprovação batesse um recorde no levantamento do Gallup.

A partir de agora, ambas as campanha pretendem concentrar seus anúncios nos Estados mais decisivos. Os republicanos esperam usar sua vantagem financeira - 60 milhões de dólares em agosto - para convencer o eleitorado sobre a necessidade de mudar o comando da economia.

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