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O terrorismo global está mais mortal, mostra estudo

Número de mortos nos últimos 12 meses cresceu 30% em relação à média de cinco anos anteriores, mas quantidade de ataques foi menor; Iraque é país de maior risco


	Atentados: globalmente, foram registradas 18.668 mortes nos 12 meses anteriores a 1 º de julho
 (AFP/Getty Images/Getty Images)

Atentados: globalmente, foram registradas 18.668 mortes nos 12 meses anteriores a 1 º de julho (AFP/Getty Images/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 27 de julho de 2014 às 16h21.

São Paulo - Ao longo dos últimos 12 meses, o número de mortes envolvendo atos de terrorismo aumentou 30% em todo o mundo, na comparação com a média anterior de cinco anos. Os dados são de um novo serviço de monitoramento de segurança da consultoria de risco britânica Maplecroft.

Globalmente, foram registradas 18.668 mortes nos 12 meses anteriores a 1 º de julho, um aumento de 29,3% em relação a uma média anual de 14.433 para os cinco anos anteriores.

O mesmo período, no entanto, registrou 9.471 ataques, a uma média de 26 por dia, abaixo da média de 10.468 dos cinco anos anteriores, revelando que os métodos terroristas tornaram-se mais mortais ao longo do último ano.|

Chamada de MTSD, a plataforma de mapeamento interativo registra, analisa e traça todos os incidentes de terrorismo, pirataria, violência política e abusos dos direitos humanos em todo o mundo.

O estudo classificou 12 países como "risco extremo" para ataques terroristas, muitos dos quais são marcados por altos níveis de instabilidade política.

São eles: Iraque (1º); Afeganistão (2 º), Paquistão (3 º), Somália (4 º), Nigéria (5 º), Iêmen (6 º), Síria (7 º), Filipinas (8 º), Líbano (9 º) e na Líbia (10 º), Colômbia (11 º) e Quênia (12º).

Só o Iraque, classificado como o país de maior risco, registrou 3.158 atos de terrorismo, resultando em 5.929 mortes, um aumento de 2.188 mortes em relação ao ano anterior.

Segundo a análise, a deterioração da segurança no país ressalta a incapacidade do governo de combater o grupo militante Estado Islâmico - anteriormente conhecido como ISIS, que agora controla a infraestrutura de petróleo, gás e parte das redes de água ao norte.

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