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O que Trump e Putin discutiram durante telefonema nesta segunda-feira

Presidente russo ligou para o líder norte-americano para fazer um agradecimento por uma ajuda dos Estados Unidos

Trump e Putin: segundo a Casa Branca, líder russo ligou para o norte-americano nesta segunda (/Kevin Lamarque/Reuters)

Trump e Putin: segundo a Casa Branca, líder russo ligou para o norte-americano nesta segunda (/Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de dezembro de 2019 às 15h17.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, discutiram o estado das relações entre os dois países em um telefonema realizado por Putin, informou a Casa Branca nesta segunda-feira.

Putin ligou para Trump para agradecê-lo por "informações fornecidas pelos Estados Unidos que ajudaram a frustrar um possível ataque terrorista durante os feriados na Rússia", disse o porta-voz da Casa Branca Hogan Gidley.

Nenhum detalhe foi fornecido, mas, no domingo, a Rússia informou que frustrou ataques planejados em São Petersburgo, graças a uma pista repassada pelos Estados Unidos.

Gidley afirmou que os dois presidentes comprometeram-se a continuar a cooperação no combate ao terrorismo entre os dois países.

"Os presidentes também discutiram o estado das relações entre os Estados Unidos e a Rússia e os futuros esforços para apoiar o controle eficaz de armas", disse ele, em uma referência ao desejo público de Trump por um novo acordo de controle de armas nucleares.

Trump, que passa férias de duas semanas em seu resort Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, sempre almejou por uma forte relação entre EUA e Rússia e reclamou que uma investigação de autoridades norte-americanas sobre um possível conluio entre sua campanha presidencial de 2016 e a Rússia havia o impedido.

Ele enfrentou forte oposição de parlamentares republicanos e democratas a laços mais estreitos com a Rússia, diante de preocupações com a anexação da Crimeia por Putin e com o apoio russo a separatistas no leste da Ucrânia, além de outras tensões.

Algumas novas tensões têm surgido entre os dois países. Na quinta-feira, Trump alertou a Rússia, a Síria e o Irã em razão da morte de civis na província de Idlib, na Síria.

As forças sírias e russas tem intensificado o bombardeio de alvos em Idlib, o último bolsão rebelde significativo da Síria. O presidente sírio, Bashar al-Assad, prometeu recapturá-lo.

Em outra possível tensão, a Rússia juntou-se à China em uma proposta preliminar ao Conselho de Segurança da ONU para buscar a retirada de algumas sanções apoiadas pela entidade contra a Coreia do Norte em razão de seus programas de mísseis nucleares e balísticos.

O contato entre Trump e Putin ocorreu após o Departamento de Estado norte-americano anunciar que o secretário Mike Pompeo viajará para Ucrânia, Belarus, Cazaquistão, Uzbequistão e Chipre entre os dias 3 a 7 de janeiro.

O telefonema também aconteceu depois de o Ministério das Relações Exteriores russo criticar nesta segunda os ataques aéreos dos EUA no Iraque e na Síria, afirmando que foram inaceitáveis e contraproducentes.

Forças dos EUA atacaram um grupo miliciano apoiado pelo Irã no domingo, em resposta à morte de um norte-americano em um ataque com foguetes contra uma base militar iraquiana.

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