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Um resumo do estrago do furacão Irma no Caribe e EUA até agora

Irma, que surgiu no final de agosto, superou o recorde do tufão Haiyan de 2013, nas Filipinas, ao gerar ventos de 295 km/h durante mais de 33 horas

Miami, na Flórida: Ventos fortes durante a passagem do furacão Irma na Flórida, nos Estados Unidos  (Joe Raedle/Getty Images)

Miami, na Flórida: Ventos fortes durante a passagem do furacão Irma na Flórida, nos Estados Unidos (Joe Raedle/Getty Images)

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AFP

Publicado em 10 de setembro de 2017 às 10h57.

Última atualização em 10 de setembro de 2017 às 14h58.

O furacão Irma tocou a terra neste domingo na região das Keys, no extremo sul da Flórida, com ventos de até 215 km/h, anunciou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, que ordenou a saída de 6,3 milhões de pessoas de suas casas, ante o devastador fenômeno que deixou 25 mortos após sua passagem pelo Caribe.

Irma é um furacão de categoria 4, segundo o NHC, e o 'muro' do olho, onde os ventos são mais fortes, tocou o extremo sul do arquipélago das Keys, segundo um boletim das 11H00 GMT (8h de Brasília).

Irma, que surgiu no final de agosto diante da costa africana e chegou na quarta-feira às Antilhas, superou o recorde do tufão Haiyan de 2013, nas Filipinas, ao gerar ventos de 295 km/h durante mais de 33 horas, contra 24 horas para o fenômeno filipino.

Ao menos 25 pessoas morreram com a passagem de Irma: 12 na ilha franco-holandesa de Saint Martin, 6 nos territórios britânicos de ultramar, 4 nas Ilhas Virgens americanas, 2 em Porto Rico e 1 em Barbuda.

Estados Unidos

Irma atingiu Florida Keys com categoria 4 e ventos de até 215 km/h, depois de ganhar força durante a noite. Se desloca de modo lento para a costa oeste da Flórida continental a 15 km/h.

Em Key West a situação é "extremamente perigosa e potencialmente letal", afirmou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS).

No total, as autoridades americanas ordenaram que 6,3 milhões de pessoas deixassem as suas casas na Flórida. Mais de um milhão já haviam recebido uma ordem de evacuação obrigatória na Flórida e na Geórgia, o que provocou uma fuga de centenas de milhares de pessoas de carro e gerou grandes engarrafamentos.

Bahamas e Cuba

Irma passou na sexta-feira pelo sudeste das Bahamas e não deixou vítimas ou danos importantes.

O poderoso furacão atingiu Cuba pelo arquipélago de Camagüey, situado no norte da Ilha, na madrugada de sábado, com ventos firmes de 260 km/h.

"Afetou gravemente" as províncias de Camagüey e de Ciego de Avila, segundo as autoridades. Ilhas turísticas permaneciam isoladas.

As primeiras informações mencionam grandes danos materiais, mas não foi registrada nenhuma morte oficialmente.

O litoral noroeste registrava fortes inundações, de Matanzas a Havana, "com ondas de entre 6 e 9 metros", informou o Instituto de Meteorologia cubano.

A água do mar, que atingiu o simbólico Malecón, avançou 250 metros na capital. Ao menos 1,5 milhão de moradores abandonaram suas casas na ilha, onde os ventos derrubaram árvores e postes de energia elétrica.

Haiti

No Haiti a passagem do furacão causou inundações e deixou vários feridos no nordeste do país, informou o serviço de Proteção Civil.

O furacão passou um pouco mais ao norte do que o previsto, o que fez o impacto no país, um dos mais pobres do mundo, menor do que o esperado.

- República Dominicana -

Na quinta-feira, o furacão começou a atingir a República Dominicana.

Os ventos de 285 km/h e as chuvas obrigaram a retirada de 19.000 pessoas. No total, 2.135 casas ficaram danificadas, segundo o Centro de Operações de Emergência (COE).

Porto Rico

O furacão se aproximou da parte norte de Porto Rico na noite de quarta-feira e na manhã de quinta-feira, com ventos de até 295 km/h, que provocaram cortes no fornecimento de energia elétrica e fortes chuvas. A

Pelo menos duas pessoas morreram e mais da metade da população de três milhões de habitantes ficou sem eletricidade.

Ilhas Virgens americanas e britânicas

Pelo menos quatro pessoas morreram nas Ilhas Virgens americanas depois da passagem do furacão, anunciaram o governador, Kenneth Mapp, e o serviço de emergências.

Nas ilhas britânicas, onde vivem 28.000 pessoas, o governo local anunciou um balanço de cinco mortes.

Imagem aérea mostra rastro de destruição deixado pelo Furacão Irma nas Ilhas Virgens

Imagem aérea mostra rastro de destruição deixado pelo Furacão Irma nas Ilhas Virgens (Caribbean Buzz Helicopters/via REUTERS/Reuters)

Saint Barth, Saint Martin e Anguilla

O furacão varreu a ilha francesa de Saint Barth e depois Saint Martin, que inclui uma parte francesa e outra holandesa.

De acordo com o serviço de meteorologia francês Météo France, os ventos alcançaram os 360 km/h.

Dez pessoas perderam a vida na zona francesa de Saint Martin e duas na parte holandesa. Os danos são "enormes" e Paris e Haia denunciaram saques.

O instituto público de resseguros da França (CCR) calcula os danos em Saint Barth e no lado francês de Saint Martin em 1,2 bilhão de euros (1,45 bilhão de dólares).

No arquipélago britânico de Anguilla, um homem morreu no desabamento de uma casa.

Barbuda

Irma atingiu a ilha de Barbuda na quarta-feira com ventos que alcançaram os 295 km/h, deixando um morto.

O primeiro-ministro, Gaston Browne, disse que a ilha ficou "totalmente devastada".

Outros dois furacões

Outro huracão, José, de categoria 4, avançava no sentido oeste. Mas ao contrário do que se previa, o núcleo passou a 135 km da ilha francesa de Saint Barth e a 125 km da franco-holandesa Saint Martin, muito afetadas pela passagem do Irma.

Um terceiro furacão, Katia, rebaixado no sábado para tempestade tropical, atingiu a costa atlântica do México na sexta-feira à noite, sem provocar danos consideráveis.

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