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O que o Reino Unido fizer com o Brexit será bom, diz Trump

O presidente americano afirmou que a única coisa importante é que os dois países possam fazer comércio depois do Brexit

Esta é a primeira visita oficial do presidente americano ao Reino Unido (Kevin Lamarque/Reuters)

Esta é a primeira visita oficial do presidente americano ao Reino Unido (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de julho de 2018 às 10h55.

Última atualização em 13 de julho de 2018 às 11h31.

Londres - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que, para o seu governo, "o que o Executivo do Reino Unido fizer em relação ao Brexit será bom", após ter criticado anteriormente a estratégia britânica.

Em entrevista coletiva com a primeira-ministra britânica, Theresa May, Trump garantiu que "a única coisa que importa" é que os dois países "possam fazer comércio" depois da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), prevista para 29 de março de 2019.

Trump disse que uma entrevista divulgada nesta sexta-feira pelo jornal "The Sun", na qual ele critica a estratégia de May para o Brexit, é uma "notícia falsa" (fake news), porque, segundo ele, não inclui os comentários favoráveis que também fez sobre a premiê.

Nessa entrevista, que teve enorme repercussão no Reino Unido, Trump afirma que o plano de May para o Brexit, que propõe criar um mercado comum de bens com a UE, seguramente "matará" qualquer possibilidade de um acordo comercial com os EUA, já que, nessas circunstâncias, Washington teria que negociar com o bloco europeu.

O presidente americano, no entanto, minimizou sua postura na entrevista coletiva que aconteceu depois da reunião bilateral com May na residência oficial da chefe de governo em Chequers (sudeste inglês), o ato político mais importante de sua primeira visita oficial ao Reino Unido.

Trump disse que, nos últimos dias, sua relação com May evoluiu "rápido e bem", e louvou a histórica relação especial entre os dois países, "um vínculo como não existe outro" e "indispensável para a causa da liberdade, da justiça e da paz".

O presidente dos Estados Unidos afirmou que ele e May coincidiram na necessidade de conter o desenvolvimento de armas nucleares por parte do Irã, em ampliar a cooperação em defesa e "na importância de controlar a imigração para deter o terrorismo".

Trump agradeceu à sua anfitriã o tratamento dispensado durante a visita e se disse especialmente encantado com o jantar de ontem à noite na mansão de Blenheim, onde nasceu o primeiro-ministro Winston Churchil (1874-1965), por quem o presidente americano demonstra grande admiração.

Antes de chegar ao púlpito, Trump e May caminharam juntos pelos jardins de Chequers e, em alguns momentos, chegou a dar a mão à primeira-ministra.

Esta é a primeira entrevista coletiva que os dois governantes mantêm juntos desde a visita de May a Washington em janeiro de 2017, quando a premiê convidou Trump para uma visita de Estado ao Reino Unido, que acabou sendo adiada pela rejeição que o presidente americano suscita no país.

A visita oficial - com menos honrarias que uma visita de Estado - de Trump e sua esposa Melania foi recebida com vários protestos em todo o Reino Unido, especialmente em Londres, cidade que o casal tentou evitar a todo custo devido aos protestos da população.

Depois da reunião em Chequers, Trump e Melania se dirigirão ao castelo de Windsor, que fica a cerca de 40 quilômetros de Londres, onde tomarão chá com a rainha Elizabeth II, antes de partirem em uma visita privada à Escócia.

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