Apoiadores do Hezbollah: grupo armado atacou três postos militares israelenses (Ali Hashisho/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 8 de outubro de 2023 às 14h02.
Última atualização em 8 de outubro de 2023 às 14h18.
Na madrugada deste domingo, 8, o norte de Israel sofreu novos bombardeios de um movimento libanês que se diz aliado ao Hamas. O grupo armado Hezbollah reinvidicou o ataque e afirma ter lançado três foguetes contra três postos militares na Fazenda Shebaa, território ocupado por Israel desde 1967.
Além disso, a organização com origem do Líbano divulgou comunicado em apoio aos ataques feitos pelo grupo islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, neste sábado, 7. "O Hezbollah felicita o povo palestino e os seus aliados nas Brigadas al-Qasam e no Hamas por esta operação heroica em grande escala e vitoriosa", disse o Hezbollah em comunicado.
Ainda segundo o grupo, o ataque foi uma demonstração de “solidariedade” com a operação terrestre, marítima e aérea lançada pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza contra Israel, que deixou centenas de mortos em ambos os lados.
Já o exército israelense informou que atingiu uma “infraestrutura terrorista do Hezbollah” na área fronteiriça, com um drone. Anteriormente, indicou que lançou a sua artilharia no sul do Líbano em resposta aos disparos na área. "Aconselhamos o Hezbollah a não intervir. Se o fizer, estamos prontos", alertou o porta-voz do exército israelense, Richard Hecht.
Análise: por que o Hamas decidiu atacar Israel e por que agora
Apoiado pelo Irã, o grupo libanês Hezbollah é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e o Conselho de Cooperação do Golfo.
Inimigo jurado de Israel, o grupo armado enfrentou uma guerra contra o país em 2006. Ela durou pouco mais de um mês e deixou cerca de 1.200 mortos no Líbano e 160 em solo israelense.
Agora, após o ataque na Fazenda Shebaa e o comunicado em apoio aos bombardeiros de sábado, o Hezbollah reafirma sua aliança ao Hamas.
(Com informações de AFP)