Foto: Kent Nishimura for The Washington Post via Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 24 de agosto de 2025 às 19h04.
As mãos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltaram a chamar atenção em fotos de eventos recentes em Washington. Em julho, ele apareceu com a mão direita coberta por uma camada visível de maquiagem, aparentemente para disfarçar alterações na pele. O mesmo detalhe se repetiu durante um encontro com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, aumentando as especulações sobre sua saúde.
O motivo por trás do cuidado com a aparência das mãos foi esclarecido pela Casa Branca: Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica, uma condição que afeta principalmente as veias das pernas e dificulta o retorno do sangue ao coração.
A doença pode causar inchaço nos tornozelos, sensação de peso ou cansaço nas pernas, formação de varizes, cãibras e, em casos mais graves, escurecimento da pele e feridas chamadas úlceras venosas. Em um memorando, o médico do presidente, Dr. Sean P. Barbabella, informou que a insuficiência venosa crônica é relativamente comum em adultos acima de 70 anos, afetando entre 10% e 35% da população.
Segundo a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, os exames do presidente não indicaram trombose venosa profunda, insuficiência cardíaca, renal ou qualquer outra doença sistêmica. Ela acrescentou que hematomas observados nas mãos se devem a irritações leves provocadas por apertos frequentes de mão e pelo uso de aspirina.
Em entrevista ao New York Times, o diretor de serviços endovasculares do Hospital Cardíaco Mount Sinai Fuster, Dr. Prakash Krishnan, explica que fatores de risco adicionais incluem obesidade, gravidez, tabagismo e longos períodos em pé, comuns em algumas atividades profissionais.
Segundo ele, as veias dependem de válvulas unidirecionais e da ação dos músculos para bombear o sangue de volta ao coração; quando esse fluxo é dificultado, ocorre dilatação e vazamento das veias, causando inchaço e desconforto.
O tratamento geralmente começa de forma conservadora, com meias de compressão, elevação das pernas, exercícios de resistência e controle de peso — medidas que ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo e reduzir os sintomas.
Embora seja uma doença crônica, a insuficiência venosa crônica não é considerada grave, mas requer acompanhamento médico para prevenir complicações.