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O'Malley anuncia oficialmente sua candidatura à Casa Branca

O democrata fez um discurso em defesa da classe média e do "sonho americano". Ele é o candidato com a postura mais centrista em seu partido

O'Malley: ex-governador democrata de Maryland é o terceiro aspirante de seu partido a tentar a vaga na Casa Branca (Reprodução/Facebook)

O'Malley: ex-governador democrata de Maryland é o terceiro aspirante de seu partido a tentar a vaga na Casa Branca (Reprodução/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2015 às 13h42.

Washington -- O ex-governador democrata de Maryland Martin O'Malley anunciou neste sábado oficialmente sua candidatura às eleições presidenciais de 2016 nos EUA e é o terceiro aspirante de seu partido a tentar a vaga na Casa Branca, após a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o senador Bernie Sanders.

Em um emocionante discurso em defesa da classe média, O'Malley apresentou sua candidatura para "reconstruir o sonho americano" e devolver aos cidadãos seus direitos e oportunidades que, segundo disse, estão sendo minados pelo poder de Wall Street e as grandes empresas.

O'Malley inicia assim sua campanha para as primárias democratas com a postura mais centrista das três opções apresentadas até agora, já que Hillary se acerca muito mais ao conservadorismo do "establishment" do partido, e as políticas de Sanders se aproximam muito mais da ala mais progressista do partido.

O ex-governador de Maryland, cuja candidatura era esperada após vários anos de rumores, lembrou sua etapa à frente do estado durante os anos mais duros da crise econômica nos quais apesar da depressão, continuou fortalecendo políticas sociais para os cidadãos.

Desde a cidade de Baltimore, onde foi prefeito entre 1999 e 2007, o democrata apelou pela igualdade de oportunidades e pela necessidade dos Estados Unidos de se afastarem do "perigo" de se transformar em "uma nação que não quer ser".

"Estamos permitindo que nossa terra de oportunidades se transforme em uma terra de desigualdade", advertiu o democrata, que acusou as grandes fortunas de estarem moldando o país conforme seu desejo dada a forte influência que têm no sistema político americano.

"Já salvamos nosso país antes, e temos que salvar nosso país agora -reiterou-.(...) Necessitamos de uma economia americana que funcione para todos nós, não só para poucos. Políticas salariais que permitam ganhar mais do os que trabalham mais duro. Que as horas extras também sejam recompensadas", insistiu.

Além disso, O'Malley se referiu "à realidade" que representa a mudança climática, por isso que, segundo disse, os Estados Unidos devem se adiantar para gerar uma nova economia energética baseada nas energias renováveis que, por sua vez, será um grande gerador de emprego.

Reconhecido por seu trabalho por proteger os imigrantes ilegais, O'Malley fez referência à reforma migratória integral que segue sem entrar em vigor nos EUA perante a negativa do Congresso, agora de maioria republicana, e sobre a necessidade de conseguir que as 11 milhões de pessoas que calcula-se que estão em situação ilegal possam ser integradas com plenos direitos no país.

"Não é sobre Wall Street ou sobre as grandes empresas, não é o dinheiro. É sobre nós, sobre o povo, se ainda queremos ser um grande país", assegurou.

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