Mundo

O horror na Síria de volta ao holofote

A Síria foi palco nesta terça-feira do maior ataque com armas químicas em quatro anos. Bombas de gás tóxico foram jogadas por aviões na província de Idlib, deixando pelo menos 58 mortos nesta terça-feira — 11 deles crianças. Moradores apresentaram sintomas como vômito, engasgamento e desmaio. A Organização das Nações Unidas (ONU) ainda não conseguiu […]

TENTATIVA DE RESGATE NA SÍRIA: ataques com armas químicas pode mudar o tabuleiro da guerra no país  / Ammar Abdullah/ Reuters

TENTATIVA DE RESGATE NA SÍRIA: ataques com armas químicas pode mudar o tabuleiro da guerra no país / Ammar Abdullah/ Reuters

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2017 às 18h57.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h46.

A Síria foi palco nesta terça-feira do maior ataque com armas químicas em quatro anos. Bombas de gás tóxico foram jogadas por aviões na província de Idlib, deixando pelo menos 58 mortos nesta terça-feira — 11 deles crianças. Moradores apresentaram sintomas como vômito, engasgamento e desmaio.

A Organização das Nações Unidas (ONU) ainda não conseguiu confirmar a substância usada, mas, no passado, já acusou o governo de Bashar al-Assad de ser responsável por pelo menos três ataques químicos a civis desde que a guerra começou, em 2011. Forças russas, aliadas de Assad, também já bombardearam a região, controlada por opositores. O Conselho de Segurança da ONU vai discutir a questão nesta quarta-feira.

Os Estados Unidos culparam o governo Assad e também a Rússia e o Irã, apoiadores do regime, como corresponsáveis. A postura foi seguida por países da União Europeia e pela Turquia, que, embora seja aliada do presidente russo, Vladimir Putin, é opositora do governo Assad. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, telefonou para Putin condenando o ataque e afirmando que o caso “ameaça o cessar-fogo” negociado entre governo e rebeldes.

Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram que o ataque “não pode ser ignorado pelo mundo civilizado”. Mas o caso coloca Donald Trump numa posição delicada: na semana passada, a Casa Branca deu sinais categóricos de que derrubar Assad não era mais “uma prioridade”, nas palavras da embaixadora americana na ONU, Nikki Haley. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse que “o destino de Assad será decidido pela população síria”. O objetivo da administração Trump era voltar seus esforços para o combate ao Estado Islâmico, com os americanos já atuando em Mossul, no Iraque, e em Raqqa, reduto do grupo na síria.

Nos maiores ataques químicos da guerra síria, em Ghouta, em 2013, Assad foi acusado de autoria, mas culpou os rebeldes. O então presidente americano, Barack Obama, foi pressionado a intervir, já que havia dado um ultimato de que Assad “ultrapassaria os limites” se usasse armas químicas contra civis. Obama acabou não cumprindo a promessa de intervir na Síria, num caso que o perseguiu durante todo o mandato. Qual será a reação de Trump?

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Mundo

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação

Novas regras da China facilitam exportações no comércio eletrônico