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1. Muammar Kadafi (no centro, de farda) deu um golpe de Estado em 1969, depondo o rei Indris I da Líbia sem derramar sangue
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2. Kadafi (à esquerda) tinha 27 anos na época do golpe e era capitão do exército. Com a mudança de governo, foi aclamado "líder irmão e guia revolucionário" da Líbia
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3. O líder líbio era aliado do pai do presidente sírio Bashar al-Assad, Hafez al-Assad, que governou seu país por 29 anos
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4. Muammar Kadafi escreveu o Livro Verde, inspirado no Livro Vermelho de Mao Tse-tung e publicado em 1975. Na obra, ele aborda o "socialismo islâmico" e suas noções de democracia
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5. Desde 1973, o líder líbio fez execuções públicas de dissidentes do regime, além de perseguir o povo afro-asiático berbere
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6. Kadafi é conhecido por seu visual diferente entre os líderes africanos, usando sempre óculos escuros, sendo que alguns deles são Ray-ban
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6/15 (Giorgio Cosulich/Getty Images)
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7. Antes da guerra contra os rebeldes, Kadafi tinha boas relações com a maioria dos presidentes de grandes potências
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8. Kadafi afirmou que não deixaria o poder no dia 22 de fevereiro deste ano. E ele também disse que estaria disposto a morrer na mesma época
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9. Os protestos pedindo sua renúncia, depois de mais de 40 anos no poder, começaram no dia 15 de fevereiro. Dois dias depois o exército do governo começou a revidar
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10. Opositores ao governo do líder foram inspirados pela "Primavera Árabe", que derrubou Hosni Mubarak no Egito
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10/15 (Dan Kitwood/Getty Images)
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11. A ONU aprovou sanções contra Kadafi no dia 27 de fevereiro, bloqueiando seus bens no exterior. Os rebeldes criaram o Conselho Nacional de Transição na mesma data
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12. A força internacional, liderada pela Otan, começou a bombardear a capital Trípoli em março
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12/15 (Roberto Schmidt/AFP)
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13. A última vez que Muammar Kadafi apareceu em público foi na televisão, jogando xadrez
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14. A última invasão de Trípoli depôs o poder de Kadafi no dia 21 de agosto deste ano
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14/15 (Franco Origlia/Getty Image)
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15. Hoje, 42 anos depois do golpe de Estado do líder líbio contra o rei Idris, a Conferência dos Amigos da Líbia oficializou o fim do regime
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São Paulo - Se Trípoli não tivesse sido invadida no dia 21 de agosto, o líder Muammar Kadafi comemoraria hoje seus 42 anos no poder líbio. Foragido dentro do próprio país e acuado pelos rebeldes do Conselho Nacional de Transição (CNT), o coronel Kadafi já foi aclamado como "líder irmão e guia revolucionário" da Líbia, o maior cargo de governo no país. Ele recebeu essa condecoração após derrubar o reino de Idris I, que comandou o país por 17 anos.
O capitão Kadafi, com 27 anos na época, conduziu um golpe de Estado sem derramar sangue enquanto o rei estava em tratamento médico na Turquia. O monarca Idris era próximo do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, mas uma junta de militares dissolveu o regime e instaurou uma república com inclinação mais islâmica.
Em 1973, o líder líbio fez execuções públicas de dissidentes do novo regime, mostrando sinais de seu autoritarismo e desejo de permanência no poder. A ideologia de Kadafi é inspirada no "socialismo islâmico" para o Terceiro Mundo. O governante pregou a alternância de políticas capitalistas e socialistas no país, o que fez com que a Líbia ficasse fora dos principais eixos da Guerra Fria.
Muammar Kadafi escreveu o Livro Verde, inspirado no Livro Vermelho de Mao Tse-tung e publicado em 1975, fundamentando os princípios de sua revolução.
Desde fevereiro deste ano, o "líder irmão" enfrenta protestos de opositores aos seus mais de 40 anos no poder. Os movimentos foram inspirados na "Primavera Árabe", que depôs ditadores como Hosni Mubarak, no Egito. Repreendendo a oposição com violência, uma coalizão internacional liderada pela Otan passou a fazer ataques aéreos contra a Líbia de Kadafi.
Com a invasão da capital do país, o líder líbio está foragido e os combates entre forças do governo e os rebeldes prosseguem. A Conferência dos Amigos da Líbia, organizada pelo governo francês com o apoio de mais de 60 delegações e a ONU, oficializa o fim do regime de Kadafi no país.
Confira as imagens dos quase 42 anos de governo de Muammar Kadafi.