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O escândalo que ameaça promessa republicana para Casa Branca

Escândalo relacionado com o bloqueio do tráfego em ponte em Nova Jersey ameaça prejudicar brilhante carreira do governador Chris Christie

Chris Christie, governador de Nova Jersey: série de e-mails e mensagens de texto colocam o gabinete de Christie no centro de um caso de represália política (Eduardo Munoz/Files/Reuters)

Chris Christie, governador de Nova Jersey: série de e-mails e mensagens de texto colocam o gabinete de Christie no centro de um caso de represália política (Eduardo Munoz/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 09h32.

Washington - Um escândalo relacionado com o bloqueio do tráfego em uma ponte em Nova Jersey (EUA) ameaça prejudicar a até agora brilhante carreira do governador desse estado, Chris Christie, considerado uma das promessas republicanas mais sólidas para recuperar a Casa Branca em 2016.

O assunto monopolizou o interesse nacional nos Estados Unidos após a divulgação ontem de uma série de e-mails e mensagens de texto que colocam o gabinete de Christie no centro de um caso de represália política.

As mensagens provam que a equipe do governador esteve envolvida na interrupção repentina, em setembro de 2013, de várias pistas da ponte da cidade de Fort Lee, que une New Jersey com Nova York, para provocar transtornos de trânsito e se vingar do prefeito desta localidade, o democrata Mark Sokolich, por não ter apoiado Christie em sua campanha de reeleição do ano passado.

Christie se viu obrigado ontem a falar sobre a polêmica, que nas últimas 24 horas ocupam todos os noticiários dos EUA, nos quais foi batizada como "Bridgegate". O governador, no entanto, se limitou a afirmar que não tinha conhecimento da participação de seu gabinete no episódio

"É inaceitável. Estou indignado e profundamente entristecido ao saber que não só fui enganado por um membro do meu escritório, mas esta conduta totalmente inadequada e não autorizada ocorreu sem meu consentimento", disse o governador.

Até agora, Christie negava que sua equipe tivesse relação com o caso, mas o conteúdo das mensagens divulgadas ontem o obrigaram a retratar-se, pois não deixam dúvidas de que houve comunicação entre seus colaboradores e os responsáveis pela interrupção do tráfego.

"Hora de haver alguns problemas de trânsito em Fort Lee", afirmou em agosto passado a chefe adjunta de gabinete de Christie, Bridget Ann Kelly, em um e-mail destinado a David Wildstein, amigo do governador e que ocupava um cargo de chefia na Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey.

Poucas semanas depois, em setembro, várias pistas da ponte George Washington, que une a cidade de Fort Lee com o Alto Manhattan (Nova York), foram fechados de forma repentina, o que provocou um grande congestionamento do lado de Nova Jersey durante quatro dias.

Inicialmente, argumentou-se que a medida tinha sido tomada para realizar um estudo sobre o trânsito, mas depois surgiram as primeiras acusações de que aliados de Christie na Autoridade Portuária lançaram uma operação de represália política.

Em dezembro, dois colaboradores próximos ao governador na Autoridade de Portos renunciaram em função do escândalo: Bill Baroni e justamente David Wildstein.

Muitos analistas de destaque nos EUA, entre eles o próprio "The New York Times" em seu editorial de hoje, afirmam que Christie precisa dar explicações sobre o caso, pois seu futuro como aspirante republicano à Casa Branca pode depender em boa medida de sair ilego deste escândalo.

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