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O dia do D para o Brexit

Hoje o Reino Unido oficialmente dá entrada nos papéis para seu divórcio da União Europeia, o Brexit, votado há nove meses. O Artigo 50, gatilho que retira um país da Europa segundo o Tratado de Lisboa, deve ser entregue em forma de carta, escrita pela primeira ministra Theresa May, para o presidente do Conselho Europeu, […]

O ARTIGO 50: em seu gabinete, a primeira ministra Theresa May assina a carta para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk / REUTERS/Christopher Furlong

O ARTIGO 50: em seu gabinete, a primeira ministra Theresa May assina a carta para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk / REUTERS/Christopher Furlong

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2017 às 06h42.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.

Hoje o Reino Unido oficialmente dá entrada nos papéis para seu divórcio da União Europeia, o Brexit, votado há nove meses. O Artigo 50, gatilho que retira um país da Europa segundo o Tratado de Lisboa, deve ser entregue em forma de carta, escrita pela primeira ministra Theresa May, para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

A carta, assinada ontem por May, deve ter um tom positivo e recapitular os 12 pontos principais da cisão, que May já havia descrito em seu discurso no dia 17 de janeiro. O Reino Unido então será jogado no limbo das incertezas de deixar para trás um clube do qual faz parte desde 1973. “É um momento significante para o Reino Unido enquanto começamos nossas negociações para uma nova parceria com a Europa. Vamos usar essa oportunidade para forjar um país mais global”, disse May na segunda-feira.

May tem um dos trabalhos mais ingratos diante da situação, que ela assumiu após o resultado do referendo: manter o país unido enquanto lida com os pedidos de independência da Escócia e negocia com os outros 27 países da Europa. O resultado irá moldar o futuro da economia britânica, a quinta do mundo, com um PIB de 2,6 trilhões de dólares, e determinar se Londres manterá seu posto como centro financeiro global. A premiê garantiu que tentará negociar o máximo acesso possível ao mercado europeu, mas que o Reino Unido irá mirar em acordos bilaterais, além de ter suas próprias regras migratórias.

O processo todo deve se estender por pelo menos mais dois anos. A grande dúvida é sobre o relacionamento de longo prazo entre os britânicos e o continente: vai ser de cooperação ou de antagonismo? Os lados estão dispostos a cooperar pelo direito de europeus no Reino Unido ou de britânicos na Europa? As respostas começam a ser dadas a partir de hoje.

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