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O ano de 2016 foi mais sangrento para jornalistas afegãos

O Comitê de Segurança dos Jornalistas Afegãos divulgou que de janeiro a junho ocorreram 54 incidentes de violência contra jornalistas afegãos


	Jornalistas: o Comitê de Segurança dos Jornalistas Afegãos divulgou que de janeiro a junho ocorreram 54 incidentes de violência contra jornalistas afegãos
 (Reprodução / Facebook)

Jornalistas: o Comitê de Segurança dos Jornalistas Afegãos divulgou que de janeiro a junho ocorreram 54 incidentes de violência contra jornalistas afegãos (Reprodução / Facebook)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 15h52.

Esse ano foi o mais violento registrado pela mídia afegã, com dez jornalistas mortos nos seis primeiros meses de acordo com novo relatório de um comitê nacional.

O Comitê de Segurança dos Jornalistas Afegãos (AJSC, em inglês), que divulgou na segunda-feira (12) suas conclusões de janeiro a junho, recorda os 54 incidentes de violência contra jornalistas afegãos, um aumento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado.

O relatório afirma que os incidentes incluem assassinatos, prisões, intimidações e ataques, com a maioria sendo realizados por "pessoas ligadas ao governo", ainda que isso não tenha sido confirmado.

Também foi notado que o número de casos envolvendo talibãs aumentou quando comparado aos anos anteriores. O relatório aponta que o governo foi responsável por 21 casos e os talibãs por 16 dos 54 incidentes conhecidos ao longo de 2016.

Em janeiro, sete funcionários do popular canal de televisão Tolo foram mortos em um atentado suicida com bomba realizado por um talibã, que foi revelado pelo grupo como uma vingança pelos jornalistas "fazerem propaganda" contra eles.

O AJSC também afirmou que as jornalistas mulheres enfrentam grandes desafios, com os números decaindo apesar da piora na situação de segurança do país.

"Atualmente, a presença das mulheres na mídia é largamente limitada às áreas urbanas", disse o relatório. "As mulheres têm mantido papéis mais fracos de liderança e em seções de notícias, destacando um revés na presença e no crescimento qualitativo das mulheres nos meios de comunicação".

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