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"NYT" pede ajuda aos cidadãos para defender liberdade de imprensa nos EUA

Objetivo do texto é criar uma frente comum contra os ataques de Trump aos jornalistas

Trump: Presidente afirmou reiteradas vezes que a imprensa é "inimiga do povo americano" (Carlos Barria/Reuters)

Trump: Presidente afirmou reiteradas vezes que a imprensa é "inimiga do povo americano" (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 22h28.

Nova York - O "The New York Times" publicou editorial em seu site nesta quarta-feira, em coordenação com centenas de jornais dos Estados Unidos, para pedir ajuda aos cidadãos americanos para defender a liberdade de imprensa contra os ataques do presidente do país, Donald Trump.

"A imprensa livre precisa de você", diz o título editorial. Respondendo a uma convocação do "The Boston Globe", centenas de veículos da imprensa americana se uniram para lembrar aos leitores para lembrar o valor da imprensa livre para o país.

O objetivo do texto é criar uma frente comum contra os ataques de Trump aos jornalistas. O presidente afirmou reiteradas vezes que a imprensa é "inimiga do povo americano".

O editoral do "Times" começa com uma referência histórica. Em 1787, quando a Constituição dos EUA foi adotada, Thomas Jefferson escreveu a um amigo: "Se tivesse que decidir se devemos ter um governo sem jornais ou jornais sem governo, não hesitaria um momento em preferir o segundo".

O texto cita outra passagem da época de Jefferson. Vinte anos depois de suportar a supervisão da imprensa de dentro da Casa Branca, o ex-presidente estava menos seguro do valor do jornalismo. "Agora não se pode acreditar em nada do que se vê nos jornais", escreveu um dos "pais fundadores" do país.

Segundo o editoral do "Times", em 2018, "alguns dos ataques mais prejudiciais vêm de funcionários do governo. Criticar os veículos de imprensa por minimizar ou exagerar nas histórias, por fazer algo errado, é totalmente correto".

"Os jornalistas e editores de notícias são humanos e cometem erros. Corrigi-los é essencial para nosso trabalho. Mas insistir que as verdades desagradáveis são "fake news" é perigoso para a pureza da democracia. E chamar os jornalistas de 'inimigos do povo' é perigoso", afirma o editoral.

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