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NY tenta restabelecer serviços públicos após Sandy

O número de mortos na cidade já chegou a 37 e não se descarta encontrar mais corpos

Ondas são vistas no rio Hudson, em Nova York, com a chegada da supertempestade Sandy em 29 de outubro
 (Timothy A. Clary/AFP)

Ondas são vistas no rio Hudson, em Nova York, com a chegada da supertempestade Sandy em 29 de outubro (Timothy A. Clary/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 19h41.

Nova York - Os moradores da região de Nova York vivem nesta quinta-feira outro dia complicado, aliviado pela recuperação paulatina do transporte público, mas ainda muito afetado pela falta de eletricidade, água, telefone e combustível que atinge milhões de pessoas.

O número de mortos na cidade já chegou a 37 e não se descarta encontrar mais corpos, segundo reconheceu hoje o prefeito Michael Bloomberg, que explicou que a polícia e os bombeiros continuarão indo porta a porta nas áreas mais devastadas na busca por vítimas ou pessoas necessitadas de ajuda.

Em algumas zonas litorâneas do Brooklyn e do Queens, os serviços de emergência estão forçando a entrada em casas abandonadas na busca por possíveis vítimas.

De maneira geral, a cidade de Nova York viu nesta quinta-feira uma melhora importante em suas ruas, onde a retomada de boa parte da rede de metrô e as limitações à circulação de carros particulares em Manhattan ajudaram a esquecer os monumentais engarrafamentos de ontem.

Embora os vagões estejam mais lotados que o habitual, a restauração parcial de 14 das 23 linhas de metrô, junto com uma recuperação limitada dos trens dos arredores, devolveu um pouco da sensação de normalidade aos moradores da região.

''Que bom que reabriram algumas linhas para podermos chegar mais rápido ao trabalho. O dia de ontem foi um verdadeiro caos'', disse à Agência Efe José Ansures ao sair de um vagão.

No entanto, a paulatina volta à normalidade nos transportes - desde hoje já funcionam os três aeroportos mais próximos a Nova York - e outros serviços (no sábado reabriram os parques e na segunda-feira as escolas) não consegue compensar a lentíssima recuperação dos serviços públicos.


As autoridades anunciaram hoje a distribuição até o fim de semana de um milhão de refeições preparadas e milhões de garrafas de água.

Apenas na cidade, 508 mil usuários seguem sem eletricidade, o que habitualmente quer dizer que também estão sem telefone e água.

Os bairros de Manhattan e Brooklyn voltarão a ter luz no sábado, mas Bronx, Queens, Staten Island e o condado de Westchester não a recuperarão até dentro de dez dias, segundo anunciou a empresa Con Edison.

Para compensar, as empresas de eletricidade distribuem gelo seco e normal em várias áreas da região. Além disso, a Prefeitura nova-iorquina está instalando fontes de água potável em zonas onde as casas não têm provisão.

No estado de Nova Jersey, o governador Chris Christie anunciou hoje restrições na provisão de água potável.

O serviço de telefonia celular também está sofrendo muitos problemas devido ao corte de provisão elétrica de antenas e a inundação de vários centros de comutação de algumas empresas do setor.

Algumas empresas instalarão equipamentos especiais de emergência em Manhattan para tentar melhorar as comunicações móveis.


Porém, um dos problemas mais graves é a falta de gasolina, já que muitos postos não podem operar por falta de eletricidade, o que provoca filas de várias centenas de metros naqueles que têm energia e provisões.

Um taxista declarou à Efe, enquanto esperava em uma longa fila de um posto de gasolina do Bronx, que estava procurando combustível desde Manhattan. ''Procurei gasolina em vários lugares e não tem em lugar nenhum, em lugar nenhum'', relatou.

Os problemas são ainda mais agudos na parte central e no leste de Long Island (estado de Nova York) e no estado de Nova Jersey, o mais afetado pela tempestade.

Em conjunto, nas áreas mais isoladas, a situação é muito ruim: ''Não há eletricidade, não há água, não há gasolina (para os geradores), não há ajuda oficial'', lamentava hoje entre escombros um morador da assolada península de Rockaway, no Queens. 

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