Refugiados sírios aguardam para receber auxílio humanitário na Jordânia: o país já abriga 340 mil sírios, dos quais mais de 50 mil ainda não estão oficialmente inscritos (Ali Jarekji/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 08h46.
Genebra - A ONU previu nesta terça-feira que o número de sírios que buscam refúgio nos países fronteiriços chegará a 1,1 milhão dentro de quatro meses, espalhados principalmente entre Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque.
Pouco depois de completar-se dois anos do início da guerra na Síria, que começou com a repressão militar de protestos pacíficos, a fuga de civis avançou desde janeiro.
Desde o início do ano, segundo os números recolhidos nos últimos dias pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) no terreno, o número de refugiados aumentou em 280 mil, chegando a 857 mil.
"O Acnur reporta que a cada dia cinco mil pessoas cruzam a fronteira da Síria, 36% mais que em dezembro", informa um boletim emitido hoje pelo Escritório de Assuntos Humanitários da ONU.
Segundo os dados divulgados hoje, a Jordânia já abriga 340 mil refugiados sírios, dos quais mais de 50 mil ainda não estão oficialmente inscritos como tais.
A aceleração da chegada de refugiados, que já somam 287 mil, também é visível no Líbano, onde os sírios "agora representam 6% da população total do país", indicou a ONU.
Na Turquia, 182 mil refugiados sírios vivem em 17 acampamentos, somando-se a outros 100 mil que moram em áreas urbanas.
Enquanto no Iraque eles chegam a 92 mil, alguns países do norte da África também experimentaram uma grande entrada de refugiados sírios, como o Egito, onde agora há 18 mil deles, frente aos 8,6 mil de três meses atrás.
Os representantes dos grupos humanitários da ONU e as organizações não governamentais que trabalham dentro da Síria e com os refugiados nos países vizinhos se reúnem hoje em Genebra para coordenar a melhor maneira de aumentar sua ajuda às vítimas da guerra civil.
Calcula-se que quatro milhões de sírios necessitam de ajuda humanitária, dos quais mais de dois milhões são deslocados internos.