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Número de refugiados na Ucrânia chega a 2,5 milhões, diz ONU

A estimativa ainda é que mais de 1,8 milhão de pessoas estejam deslocadas internamente na Ucrânia com a guerra

Mulher e criança em Krakovets, ba Ucrânia, rumo à Polônia: refugiados por ora são sobretudo mulheres e crianças (KRAKOVETS, UKRAINE - MARCH 09: Refugees fleeing conflict make their way to the Krakovets border crossing with Poland on March 09, 2022 in Krakovets, Ukraine. More than a million people have fled Ukraine following Russia's large-scale assault on the country, with hundreds of thousands of Ukrainians passing through Lviv on their way to Poland. (Photo by Dan Kitwood/Getty Images)/Getty Images)

Mulher e criança em Krakovets, ba Ucrânia, rumo à Polônia: refugiados por ora são sobretudo mulheres e crianças (KRAKOVETS, UKRAINE - MARCH 09: Refugees fleeing conflict make their way to the Krakovets border crossing with Poland on March 09, 2022 in Krakovets, Ukraine. More than a million people have fled Ukraine following Russia's large-scale assault on the country, with hundreds of thousands of Ukrainians passing through Lviv on their way to Poland. (Photo by Dan Kitwood/Getty Images)/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2022 às 07h08.

Última atualização em 11 de março de 2022 às 07h11.

O número de refugiados da guerra da Ucrânia chega perto de 2,5 milhões de pessoas, segundo atualização desta sexta-feira, 11, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

A marca foi destacada pela Organização Internacional para Migração, braço das Nações Unidas (ONU), que afirmou em uma rede social que "o número de pessoas com necessidade de assistência humanitária urgente está aumentando a cada hora".

O número inclui 116 mil pessoas de outros países que estavam na Ucrânia, segundo a OIM.

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Outra frente da ONU, o Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários, disse ainda que ao menos 1,85 milhão de pessoas estão deslocadas dentro da Ucrânia.

Tem havido um grande fluxo de pessoas rumo ao oeste do país, como a cidade de Lviv, onde parte dos deslocados internos se refugia e é usada de travessia rumo a países da União Europeia.

Há três dias, na terça-feira, 8, o número era de 2 milhões de pessoas. Essa é a mais rápida crise de refugiados da Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Desse grupo, 1,5 milhão de refugiados se dirigiu à Polônia, segundo atualização desta sexta-feira, 11, o país que mais recebeu pessoas vindas do conflito. Em seguida vem Hungria (282 mil), Eslováquia (176 mil) e Moldávia (105 mil).

A própria Rússia recebeu 100 mil refugiados, pelos cálculos do Acnur, sobretudo diante da proximidade com regiões no leste da Ucrânia.

Fecham a lista Romênia (85 mil) e Belarus, aliado russo que faz fronteira com a Ucrânia ao norte (858 pessoas).

O grupo de "outros países da União Europeia", somado, recebeu mais de 282 mil pessoas. Esse número tende a aumentar, uma vez que refugiados que chegaram a Polônia ou outros países de fronteira com a Ucrânia começam a se deslocar para outros países mais a oeste no bloco.

A maioria dos refugiados ainda é de mulheres e crianças. Pela "lei marcial" que está em vigor no país desde o início da guerra, homens entre 18 e 60 anos não podem deixar a Ucrânia.

A Ucrânia tinha na casa dos 44 milhões de cidadãos antes da guerra.

Nos últimos dois dias, foram feitos alguns corredores humanitários nas principais cidades sob ataque para evacuação de civis, embora nem todos tenham conseguido partir. Um dos casos mais críticos é a cidade portuária de Mariupol, onde a estimativa era de que mais de 200 mil pessoas desejavam sair do local, mas apenas alguns milhares conseguiram ser evacuados em ônibus.

A cidade passa dias com água e energia cortadas, e teve um hospital bombardeado nesta semana. A Ucrânia acusa a Rússia de violar um cessar-fogo para estabelecer os corredores humanitários.

Mais cedo nesta semana, o Acnur afirmou que uma nova leva de refugiados provavelmente seria mais socialmente e economicamente vulnerável do que os primeiros 2 milhões que partiram no começo do conflito,

Se a guerra continuar, "começaremos a ver pessoas sem recursos e sem conexões" que serão deixadas sem opção a não ser partir, disse em uma coletiva de imprensa Filippo Grandi, chefe do Acnur. 

"Isso será uma situação mais complexa de administrar para os países europeus daqui para a frente, e deverá haver ainda mais solidariedade da parte de todos na Europa e além", disse.

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