Escombros em Minamiaso town: operação de resgate hoje após terremoto (REUTERS/Kyodo)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2016 às 14h53.
Os tremores que abalaram o Sudoeste do Japão desde quinta-feira (14) fizeram pelo menos 35 mortos, um balanço que pode aumentar porque há ainda muitos feridos presos nos escombros e a probabilidade de novas réplicas é elevada.
A região de Kumamoto, na ilha de Kyushu, foi abalada nas últimas 48 horas por uma série excepcional de fortes tremores que provocou desabamentos, incêndios e deslizamentos de terra.
“Sabemos que há pessoas debaixo dos escombros em vários locais. A polícia, os bombeiros e o Exército prestam socorro às vítimas”, disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, em entrevista.
Pelo menos mil pessoas ficaram feridas, 184 com gravidade, segundo as autoridades locais.
Mais de 90 mil moradores da região foram retirados, entre eles 300 habitantes de uma área ribeirinha, próxima de uma barragem em risco de se romper.
“Antes de mais nada, temos de salvar vidas, temos de agir depressa”, disse o primeiro-ministro, Shinzo Abe, que cancelou visita à região e convocou um conselho de crise, depois de determinar o envio de 20 mil militares para a região.
O último e mais forte tremor, de magnitude 7,3 na escala Richter, ocorreu na madrugada de hoje e teve epicentro a 10 quilômetros de profundidade na costa ocidental da ilha de Kyushu, a mais ao sul das quatro principais ilhas japonesas.
Um primeiro terremoto, de magnitude 7, ocorrido quinta-feira na mesma área, deixou dez mortos e 1.126 feridos e obrigou a retirada de 44 mil pessoas.
Desde o primeiro tremor, foram registradas mais de 300 réplicas nas regiões de Kumamoto e Oita e, depois do segundo, 69, uma delas de magnitude 5,4, segundo a agência meteorológica japonesa.
A agência alertou para a possibilidade de novos sismos, alguns de elevada intensidade, e para o risco de novos deslizamentos de terra, tendo em vista a previsão de chuva forte durante o fim de semana na região.