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Número de mortos em terremoto no Paquistão chega a 349

Cerca de 160 mil pessoas foram afetadas, mas apenas 10 mil puderam ser amparadas nos acampamentos estabelecidos


	Pessoas chegam de barco a uma ilha que surgiu durante o terremoto do Paquistão: 40 mil casas ficaram destruídas
 (Stringer/Reuters)

Pessoas chegam de barco a uma ilha que surgiu durante o terremoto do Paquistão: 40 mil casas ficaram destruídas (Stringer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 06h28.

Quetta - O número de mortos pelo terremoto que atingiu na última terça-feira o sudoeste do Paquistão chega a 349, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira, enquanto preocupa cada vez mais a assistência para milhares de pessoas afetadas pelo tremor.

As equipes de resgate continuam tentando levar alimentos, água e remédios aos afetados e feridos nas áreas atingidas pelo tremor na província do Baluchistão, mas apenas 10 mil pessoas puderam ser amparadas nos acampamentos estabelecidos.

O porta-voz da Autoridade Provincial de Gestão de Desastres (PDMA), Saifuraman Khan, declarou nesta manhã à Agência Efe que o número de feridos ultrapassa os 600 e que há mais de 20 mil famílias afetadas, ou seja, cerca de 160 mil pessoas segundo seus cálculos.

No entanto, fontes do governo regional citadas hoje pela imprensa local elevam este número para 300 mil pessoas. O vice-presidente da câmara regional, Mir Qudus Bizenjo, notificou que 40 mil casas ficaram destruídas.

As construções com paredes de barro e tijolos, majoritárias na região, caíram facilmente devido à magnitude do terremoto, de 7,7 graus, e as autoridades afirmam que em algumas localidades 90% dos imóveis ficaram em ruínas.

Diante do enorme desafio de fornecer assistência aos afetados em uma área enorme (o distrito mais afetado, Awaran, tem 21 mil quilômetros quadrados) e com uma rede de comunicação muito deficiente, aumentam as queixas pela ineficácia governamental.

O Baluchistão é a província mais extensa e também a que tem os piores índices de desenvolvimento em todo o país, e, por exemplo, a rede de canalização de água foi interrompida em muitos trechos, o que deixou milhares de pessoas sem água.

O Exército paquistanês, que nas primeiras 24 horas enviou cerca de mil soldados para ajudar nos trabalhos de resgate, está canalizando boa parte da ajuda através de vários comboios que estão saindo das cidades de Quetta e Karachi.

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